Guerra na Ucrânia hoje: o que precisa de saber
A Rússia está a “destruir tudo” no Donbass, acusa Zelensky. O Governo russo eliminou o limite de idade para ingressar no exército, antes estabelecido aos 40 anos. ONU confirma a morte de quase 4000 civis — entre as vítimas, 259 crianças — em 91 dias de guerra Este artigo é actualizado ao longo do dia.
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- Especial: Guerra na Ucrânia
Actualizado às 00h20
▶ Rússia está a "destruir tudo” no Donbass, disse Volodymyr Zelensky. Em Lugansk, a situação “está à beira de se tornar crítica”, afirmou o governador da região, onde a cidade de Severodonetsk está a ser “destruída 24 horas por dia”.
▶ Parlamento russo aprovou um projecto de lei que permitirá ao Kremlin nomear uma nova administração para empresas estrangeiras que abandonaram a Rússia, não por razões económicas, mas pelo “sentimento anti-russo na Europa e nos EUA”.
▶ “A minha pergunta é: existe unidade, na prática [no Ocidente]? Não me parece.” Zelensky denunciou esta quarta-feira a falta de unidade entre países ocidentais, dando como exemplo a discórdia sobre a adesão da Suécia e Finlândia à NATO.
▶ Governo britânico já aprovou a venda do Chelsea, clube que pertencia a Roman Abramovich.
▶ A Rússia eliminou o limite máximo de idade para ingressar no exército (40 anos). O partido Rússia Unida, no Governo, justificou a proposta por permitir aos mais novos que aprendam com profissionais mais velhos, ainda que sejam conhecidas as pesadas perdas humanas no exército de Vladimir Putin.
▶ A Human Rights Watch denunciou a discriminação de refugiados ciganos por parte das autoridades moldovas, que lhes negam alojamento e a utilização de estabelecimentos do Estado.
▶ Desde 24 de Fevereiro, já mais de 6,6 milhões de pessoas foram forçadas a deixar a Ucrânia. A ONU confirma também a morte de quase 4000 civis — entre as vítimas, 259 crianças — em 91 dias de guerra, desde o início da invasão russa.
▶ A Comissão Europeia propôs criminalizar a violação das sanções impostas à Rússia e reforçar confisco de bens de oligarcas russos.
▶ Vladimir Putin assinou esta quarta-feira um decreto que permitirá aos cidadãos das partes ocupadas nas províncias de Kherson e Zaporíjjia requerer passaportes russos.
▶ Putin admite “ano difícil” e aumenta salário mínimo e pensões em 10%, mas não associa problemas à guerra na Ucrânia.
▶ O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, acusou a NATO de não fazer nada para travar as tropas de Moscovo: “Enquanto aliança, enquanto instituição, está totalmente afastada e não faz, literalmente, nada. Lamento dizê-lo.”