Luís Montenegro oficializa candidatura à liderança do PSD com apoio da Madeira em peso

Mandatário nacional é Miguel Albuquerque, presidente do Governo regional da Madeira.

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Luís Montenegro é candidato às eleições de 28 de Maio LUSA/MIGUEL A. LOPES

Luís Montenegro formalizou esta quinta-feira a sua candidatura à liderança do PSD, com quase o dobro das assinaturas necessárias, e ao lado do mandatário nacional, Miguel Albuquerque, presidente do Governo regional da Madeira. No final, o ainda secretário-geral do PSD, José Silvano, veio cumprimentar os membros da comitiva do candidato e desejou “felicidades”.

O momento gerou muitos sorrisos entre todos os sociais-democratas (mandatário financeiro Almiro Moreira, o coordenador da moção Joaquim Morais Sarmento, o director de campanha Carlos Coelho e a militante histórica Virgínia Estorninho) seguiu-se à entrega dos documentos ao vice-presidente do conselho de jurisdição, Francisco José Martins, no interior da sede do partido em Lisboa.

A candidatura foi entregue com 2800 assinaturas (são necessárias 1500), com um orçamento de campanha que ronda os 48 mil euros e com a moção de estratégia global (não disponibilizada à comunicação social). O prazo para a formalização de candidaturas à liderança só termina na próxima segunda-feira.

Em declarações aos jornalistas, nas escadas de acesso à sede nacional do partido, o antigo líder parlamentar destacou o facto de Miguel Albuquerque ter sido “autarca muitos anos” e por “carregar com ele muito do trabalho do PSD que se materializa no território nacional”. O apoio do presidente do Governo regional da Madeira junta-se ao de Alberto João Jardim, ex-presidente do Governo regional, o que permite reunir amplo consenso na ilha e que é significativo: São 2266 militantes com quotas pagas que podem votar no próximo dia 28 de Maio.

Miguel Albuquerque, por seu turno, disse conhecer Luís Montenegro “há muitos anos” e deixou elogios: “Tem capacidade, competência, é pessoa humilde, lúcida e está ao serviço de Portugal.”

Questionado sobre as declarações do adversário, Jorge Moreira da Silva, que o acusou em entrevista ao Observador de “conspirações” no partido, Luís Montenegro rejeitou comentar: “Não vou fazer nenhuma reacção a isso, estou focado no Partido Socialista.” Instado a revelar a política de alianças inscrita na moção, o candidato reiterou que “não há ambiguidade”. “Não vamos fazer o frete ao PS, isso é desviar-nos do nosso foco”, disse, sem se referir ao Chega.

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