No meio de um acerto de contas por causa do passado colonial, William e Kate chegam às Bahamas

Para esta sexta-feira está planeado um protesto por grupos rastafaris para, tal como na Jamaica, exigirem reparação pelo que a Grã-Bretanha fez e um pedido de desculpas pela escravatura.

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William e Kate chegaram às Bahamas, na quinta-feira para a terceira etapa de uma viagem pelo Caribe, que tem sido marcada por protestos contra o legado do Império Britânico, revelando assim uma diminuição da influência da monarquia britânica nas suas ex-colónias.

No Belize, duque e a duquesa de Cambridge evitaram um protesto de aldeões, e na Jamaica uma manifestação a exigir reparações pela escravatura, bem como comentários muito directos do primeiro-ministro jamaicano sobre o país querer ser “independente”.

Esta viagem ocorre depois de, no ano passado, os Barbados terem decidido que a rainha deixaria de ser a chefe de Estado e se ter tornado na mais jovem república do mundo, uma mudança que outros países da Commonwealth podem seguir e que a Jamaica começou já a estudar.

William e Kate chegaram ao Aeroporto Internacional Lynden Pindling e foram recebidos pelo vice-primeiro-ministro Chester Cooper e pelo procurador-geral Ryan Pinder. Durante a visita, vão participar numa assembleia de escola primária, competir numa regata de vela e participar num evento cultural com comida e música típicas das Bahamas.

Para esta sexta-feira está planeado um protesto por grupos rastafaris para, tal como na Jamaica, exigirem reparação pelo que a Grã-Bretanha fez e um pedido de desculpas pela escravatura.

O Comité Nacional de Reparações das Bahamas, um painel independente criado pelo governo para estudar a questão, fez apelos semelhantes numa carta. “Eles, a família real e o seu governo devem reconhecer que a sua economia diversificada foi construída sob as costas dos nossos antepassados”, diz a carta, publicada na terça-feira. “Eles devem pagar.”

Uma outra manifestação pedirá a William e a Kate que ajudem a chamar a atenção para os problemas enfrentados pelas mulheres das Bahamas, incluindo uma disposição legal que proíbe a acusação de uma pessoa por violar seu cônjuge, o que às vezes é descrito como “estupro conjugal”.

A rainha Isabel II continua a ser a chefe de Estado oficial de algumas ex-colónias britânicas, incluindo Canadá, Austrália, Belize, Bahamas e Jamaica, que são conhecidos como “reinos” da rainha, embora a monarca sirva como figura simbólica e não política. Todos estes países, num total de 54, fazem parte da Commonwealth of Nations, uma organização constituída sobretudo por ex-colónias do Reino Unido, e que tem como objectivo promover a democracia e o desenvolvimento.