Isabel II junta-se ao coro de ajudas aos refugiados da Ucrânia com “generoso donativo”
O Palácio de Buckingham considerou tratar-se de um assunto privado e recusou-se a fornecer mais pormenores sobre a acção da monarca. Enquanto isso, Carlos e a duquesa da Cornualha visitaram a catedral católica ucraniana em Londres.
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A rainha Isabel II fez um “generoso donativo” para apoiar as pessoas que fogem do conflito na Ucrânia, de acordo com uma coligação de instituições de beneficência britânicas que lançaram um apelo a fundos.
“Muito obrigado a sua majestade, a rainha, por continuar a apoiar o Comité de Emergência de Catástrofes e por fazer um generoso donativo ao apelo humanitário”, escreveu no Twitter o DEC (sigla original). O Palácio de Buckingham considerou tratar-se de um assunto privado e recusou-se a fornecer mais pormenores, avança a Reuters.
Chefe de Estado no Reino Unido, mas também em países como Austrália, Canadá e Nova Zelândia (além de outros territórios um pouco por todo o globo, da Jamaica a Tuvalu), a monarca não se envolve em questões políticas internas, mas em temas internacionais é esperado que apoie o Governo, que aprovou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU de condenação da agressão russa à Ucrânia (vetada pela Federação Russa e que contou com a abstenção de apenas três países: China, Índia e Emirados Árabes Unidos). De frisar ainda que, em caso de conflito, um eventual envolvimento britânico careceria do consentimento da monarca, que é também chefe das Forças Armadas do país. Por isso, não é de estranhar que, no caso em apreço, tome uma posição.
Outros membros da família real, aliás, já condenaram veemente o ataque das forças russas à Ucrânia. O príncipe Carlos, primeiro na linha de sucessão ao trono, descreveu a invasão russa como uma “agressão brutal”, manifestando a sua solidariedade para com os ucranianos e aqueles que procuram fugir dos confrontos. “Estamos solidários com todos os que resistem a uma agressão brutal”, declarou, na terça-feira, sendo que no dia seguinte visitou, com a duquesa da Cornualha, a catedral católica ucraniana em Londres.
Num encontro com membros da comunidade ucraniana, a duquesa não conseguiu esconder a emoção quando abraçou a mulher do embaixador da Ucrânia em Londres: “Estamos a rezar por vós”, sublinhou. O príncipe de Gales, por seu turno, confessou-se “profundamente comovido”.
Já no sábado, dois dias após a ofensiva russa, William, segundo na linha de sucessão, e a sua mulher Kate tinham deixado uma mensagem no Twitter de apoio à Ucrânia: “Em Outubro de 2020, tivemos o privilégio de conhecer o Presidente Zelensky e a primeira-dama para ficarmos a saber da sua esperança e optimismo no futuro. Hoje, estamos com o Presidente e todo o povo ucraniano enquanto lutam corajosamente por esse futuro.”.