Câmara de Tondela lança campanha de esterilização de animais de companhia

“A esterilização não pode ser encarada como um estigma, mas sim como uma mais-valia e um benefício para os animais”, defende a presidente da Câmara de Tondela.

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Adriano Miranda

A Câmara Municipal de Tondela lança na próxima semana uma campanha para ajudar os munícipes a esterilizarem os seus animais de companhia, com o objectivo de evitar o abandono de ninhadas indesejadas. “Esterilizar também é cuidar” é o nome da campanha, que arranca em Março e decorre até Agosto.

“É o segundo ano que vamos ter esta campanha a decorrer. Em 2021 teve muito sucesso”, disse à agência Lusa a presidente da Câmara de Tondela, Carla Borges, contando que foram feitas intervenções em 139 animais com dono, entre cães e gatos.

A autarca explicou que a intenção da campanha é “passar a mensagem de que a esterilização não pode ser encarada como um estigma, mas sim como uma mais-valia e um benefício para os animais e para que eles possam ser melhor cuidados pelos seus donos”.

“Há pessoas que vão acolhendo os animais e não têm capacidades económicas para fazer o devido acompanhamento. E os animais vão-se multiplicando, vão tendo crias”, que muitas vezes acabam por ser abandonadas, lamentou.

Com esta campanha, a autarquia quer dar “uma resposta a este tipo de caso”, embora o apoio financeiro seja independente da situação socioeconómica de quem se candidata. “Não é feita uma avaliação socioeconómica do proprietário do animal. Apenas se vê se o animal tem chip, se tem vacina e se está registado”, esclareceu.

Por cada castração de gatos são reembolsados 30 euros e pela esterilização de gatas 70 euros. Aos tutores dos cães, são reembolsados 60 euros e aos das cadelas 110 euros.

Carla Borges referiu que também os animais sem dono merecem a preocupação da autarquia. Durante o ano de 2021, foram feitas cirurgias a animais errantes adoptados no canil municipal e a gatos de colónias, num total de cerca de 170 animais.

“É uma preocupação que nós temos”, garantiu a autarca, acrescentando que o objectivo é “ir controlando a proliferação de animais errantes”.

No caso dos gatos, “em que se torna sempre mais difícil o controlo das colónias, estas medidas têm sempre um impacto muito significativo”, permitindo que elas “possam continuar a existir nos locais onde estão criadas e possa haver uma participação dos cidadãos de apoio a estas colónias”.