Vila Real: percursos e passadiços para descobrir as escarpas do Corgo

É o projecto Percursos Naturais do Parque Corgo, que seguirá pelas zonas mais escarpadas do rio e que eram mais inacessíveis. Para já, está disponível cerca de quilómetro e meio de passeio.

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Detalhe do projecto exposto em vídeo da autarquia dedicado aos Percursos Naturais do Parque Corgo CM Vila Real

Os percursos naturais do Corgo, que incluem 750 metros de passadiços de madeira, vão levar à descoberta das escarpas deste rio, que atravessa Vila Real, representando um investimento de 480 mil euros, adiantou o município.

A empreitada “Percursos Naturais do Parque Corgo” tem uma extensão total de dois quilómetros e meio, está a ser executada pela Câmara de Vila Real e representa um investimento de 480 mil euros, com financiamento de cerca de 366 mil euros do Fundo Ambiental.

O município informou que o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, faz na sexta-feira uma visita à primeira fase deste percurso, a qual ficará disponível para usufruto dos cidadãos. O vereador do pelouro do Ambiente, Carlos Silva, disse à agência Lusa que os percursos levam à descoberta das zonas mais escarpadas do rio Corgo, que atravessa a cidade de Vila Real, e que eram mais inacessíveis.

O projecto concretiza a ampliação do actual parque Corgo para sul e liga a zona do bairro dos Ferreiros à Vila Velha e ao jardim Botânico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Por estes percursos será também possível aceder à central do Hidroeléctrica Biel, que está a ser musealizada. A ligação far-se-á por antigos percursos, que foram recuperados, e por novas passagens, onde estão incluídos os passadiços de madeira.

A empreitada foi consignada em Novembro de 2019, no entanto, segundo Carlos Silva, a “fase da pandemia provocou algumas dificuldades na execução da obra”. “Tínhamos a consciência de que era uma obra muito complexa, pelo local onde estava a ser realizada, sem acessos e sem possibilidade de transporte de materiais e de equipamentos para o local. Os trabalhos tiveram de ser feitos apenas com recurso a mão-de-obra, foi um processo muito complicado”, explicou.

O autarca disse que, neste momento, estão disponíveis para usufruto cerca de 1.600 metros e que, gradualmente, irá sendo concluído o resto do projectado. “Hoje, as empresas estão com muita dificuldade em recrutar mão-de-obra e vamos ver se será possível, mas gostaríamos que até ao final do ano estivesse tudo completo”, frisou.