Rússia retira habitantes de duas aldeias na Sibéria por causa dos incêndios
Os especialistas em meteorologia e a organização Greenpeace falam das piores épocas de fogos na história da Rússia desde que os incêndios começaram a ser registados.
As autoridades russas anunciaram este domingo que começaram a evacuar duas aldeias numa vasta região da Sibéria, onde 155 incêndios florestais permanecem activos.
Uma dúzia de aldeias na república Sakha-Yakutia, no Nordeste da Sibéria, foram ameaçadas por incêndios, indicou este domingo a equipa de especialistas da região que lidera as operações de emergência.
As autoridades locais estão a transferir os habitantes de duas aldeias, Kalvitsa e Kharyyalakh, para outras áreas habitadas, enquanto equipas compostas por 3600 pessoas trabalham para conter cerca de metade dos incêndios.
No sábado, as chamas destruíram 31 casas e oito prédios de manutenção noutra aldeia, Byas-Kuel, sendo que aproximadamente 400 moradores foram retirados, segundo indicaram as autoridades locais.
Segundo as autoridades, milhões de hectares arderam por todo o país. Os especialistas em meteorologia e da Greenpeace falam das piores épocas de incêndios na história da Rússia desde que começaram a ser registados.
Nos últimos anos, a Rússia registou altas temperaturas e muitos especialistas associam-nas ao resultado da mudança climática.
O clima quente, em conjunto com a negligência pelas regras de segurança contra os incêndios, tem potenciado um número crescente de incêndios florestais.
Os especialistas também atribuem o agravamento dos incêndios à decisão de acabar em 2007 com a rede de aviação federal que detectava e combatia os incêndios florestais.
Os activos que pertenciam a esta rede foram transferidos para as autoridades regionais, uma transferência que foi então muito criticada e que levou ao rápido enfraquecimento da força de combate aos incêndios florestais.
As extensas florestas que cobrem grandes áreas da Rússia são um desafio para que se consigam localizar os novos incêndios.