Manuel Heitor assegura prorrogação de bolsas prejudicadas pela pandemia

Garantia foi dada depois de um protesto organizado pela Fenprof e pela ABIC, que contou com cerca de uma centena de pessoas.

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Protesto organizado pela Fenprof e pela ABIC Manuel de Almeida/Lusa

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, assegurou esta sexta-feira a prorrogação das bolsas de investigação que tenham sido prejudicadas pela pandemia de covid-19, depois de protesto de bolseiros e investigadores em frente ao ministério, em Lisboa.

“Não queremos prejudicar ninguém, pelo contrário, queremos garantir que todos os trabalhos científicos e de investigação que foram afectados pela pandemia sejam prorrogados”, afirmou Manuel Heitor em declarações à agência Lusa.

A dirigente da Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) Bárbara Carvalho disse, no final das conversações, que o ministro propôs que, até 5 de Maio, se perceba, em conjunto com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), “se é possível um quadro de prorrogação de todas as bolsas mediante justificação do orientador”. 

O protesto, organizado pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e pela ABIC, contou com cerca de uma centena de pessoas, que exigiram, além da prorrogação das bolsas, o fim desse regime e da precariedade através do investimento na ciência e investigação e da contratação em período de formação. As estruturas que representam os bolseiros e investigadores entregaram ao ministério um abaixo-assinado com mais de 2600 assinaturas que exigia a prorrogação de todas as bolsas em curso ou que tenham terminado durante a vigência das medidas de contingência.

Depois de clamarem frases de ordem como “Heitor, Heitor, Não sejas malfeitor!” e “P'rá Ciência avançar, nas pessoas apostar!”, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior compareceu para conversar com os representantes da Fenprof e da ABIC.

Dessa conversa resultou ainda a abertura de um “processo negocial para chegar a um compromisso sobretudo ao nível da programação do investimento em I&D (investigação e desenvolvimento), mas também na revisão do estatuto da carreira de investigação científica”, expôs Manuel Heitor. “Temos dar um novo passo nas condições de emprego científico e capacitação da ciência em Portugal”, acrescentou.