Emigrantes queixam-se a Vitorino Silva das dificuldades no acesso ao voto
Candidato conversou virtualmente com emigrantes portugueses espalhados pela Europa e pelos Estados Unidos da América.
O candidato presidencial Vitorino Silva, reservou a tarde deste domingo para conversar virtualmente com emigrantes portugueses que lhe relataram dificuldades no acesso ao voto, considerando que “não podem ser menos pessoas” no que diz respeito à participação nas eleições.
“Antes de mais, bom dia, boa tarde ou boa noite”, começou por dizer Vitorino Silva no início de uma acção de campanha que decorreu virtualmente, uma vez que o candidato a Belém finalizou a volta física pelo país devido ao confinamento generalizado decretado para mitigar a propagação do SARS-CoV-2.
O também dirigente do RIR (Reagir, Incluir e Reciclar) esteve a ouvir vários emigrantes espalhados por vários países europeus e também pelos Estados Unidos da América, que denunciaram problemas no acesso ao voto nos consulados, nomeadamente, na Alemanha, na Bélgica e em França.
“Os emigrantes portugueses não podem ser menos pessoas do que eu, que sou candidato presidencial, ou do que Marcelo [Rebelo de Sousa], afirmou Vitorino Silva, popularmente conhecido como “Tino de Rans”, defendendo que, por vezes, os emigrantes “são mais portugueses” do que os cidadãos que vivem em Portugal.
Depois de ouvir estes portugueses “espalhados pelo mundo”, Vitorino Silva criticou o que considerou ser a falta de apoio do Governo português em relação ao acesso ao voto nos consulados.” Se consigo a partir de minha casa chegar a todos os portugueses no mundo, não é fácil o voto de todos os portugueses pelo mundo chegar cá”, assinalou o recandidato à Presidência da República, considerando que “vai haver sempre uns velhos do Restelo que tudo farão” para dificultar o voto da emigração.
Vitorino Silva também esclareceu algumas dúvidas que lhe foram relatadas pelos emigrantes, que lamentaram que o Governo esteja “desfasado da realidade” da diáspora no que diz respeito ao exercício do voto.”É um enorme orgulho ter-te a concorrer para a Presidência da República. É um orgulho enorme. Estamos a torcer por ti, daqui [Genebra, Suíça]”, disse uma emigrante que afirmou ser conterrânea do candidato.
Relativamente às legislativas, às quais já se candidatou pelo RIR, em 2019, o candidato alegou discordar da existência de dois círculos eleitorais da emigração. “Os emigrantes são todos iguais no mundo, porque é que estão a dividir os emigrantes europeus e os de fora da Europa. São tão portugueses os estão na Europa como os de fora da Europa”, defendeu.
“Toda a gente sabe que tenho quatro irmãos emigrantes. Sei muito bem o que vocês vivem. Comigo nunca ficarão para trás. Onde houver um português, há um português como nós”, concluiu.