E as melhores cervejas artesanais e caseiras de 2020 são...

As criações de João Brazão, Franco Accarpio, Pedro Cunha e Dionísio Alves foram as mais apreciadas durante a oitava edição do Concurso Nacional de Cervejas Caseiras e Artesanais. “Vejo muita evolução. Estamos no bom caminho”, garante Bruno Aquino.

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Ernesto Fonseca

João Brazão, Franco Accarpio, Pedro Cunha e Dionísio Alves. Estes são os vencedores da oitava edição do Concurso Nacional de Cervejas Caseiras e Artesanais, o primeiro evento nacional certificado pelo BJCP (Beer Judge Certification Program) e que este ano, e apesar das restrições e constrangimentos inerentes à pandemia, provou 120 cervejas distribuídas por quatro categorias. O evento decorreu no HopSin Brewpub, em Colares.

Na génese e na organização do concurso desde a primeira edição em 2008 — a título de curiosidade refira-se que a cerveja Sovina, a primeira cerveja artesanal portuguesa no mercado, apareceu em 2011 —, Bruno Aquino mostra-se “surpreendido” com o número de cervejas participantes e satisfeito com os sinais de um movimento de homebrewing, que ameaça sair mais forte desta pandemia.

Com mais tempo em casa para dedicar aos passatempos, foram muitos os cervejeiros que combinaram “novos ingredientes”, leveduras e técnicas “pouco habituais” e até aqueles que arriscaram fazer os seus próprios equipamentos e limar os programas informáticos para gerir as suas fermentações. “Autodidactismo. Nota-se que os cervejeiros têm mais tempo para irem melhorando as suas receitas”, destaca Bruno Aquino, co-autor (com Domingos Quaresma) do livro Uma Viagem pelo Mundo da Cerveja Artesanal Portuguesa e que também percebeu “mais pessoas interessadas” neste universo. “Vejo muita evolução. Estamos no bom caminho”.

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Bruno Aquino Ernesto Fonseca

No estilo destaque deste ano (Belgian IPA) venceu João Brazão, quem em 2017 fundou a cerveja Trevo, com a Nothing Really Ends. Na nova categoria Experimental Beer, para cervejas “fora da caixa” de difícil rotulação, o título coube a Franco Accarpio, com a 42. Já na categoria Lager, o primeiro lugar foi para Pedro Cunha, com uma Mixed-Style Beer chamada Fator K. E na categoria Ale o troféu foi para o Algarve, para o Dionísio Alves, com a Treme Treme, uma Wild Specialty Beer.

Como habitualmente, as cervejas vencedoras serão produzidas em instalações de reconhecidas cervejeiras nacionais. Assim, e durante o próximo ano, os consumidores vão poder experimentar estas cervejas elaboradas em colaboração com as marcas Trindade/ Hoppy House (Lager), Piratas Cervejeiros/ Carácter (Experimental Beer), Chica (Belgian IPA) e HopSin (Ale).

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As cervejas a concurso foram avaliadas por um painel de jurados composto por cervejeiros, juízes certificados, analistas sensoriais e outros especialistas ligados ao sector.

Recorde-se algumas das receitas vencedoras até à data: Trevo Frika, reproduzida na Trevo da Caparica pelo Vasco Matos, a Rocha Negra, uma Irish Extra Stout elaborada na algarvia Marafada pelo Chris Pedigrew, a Amnesia Juniper Smokin’, receita da Mean Sardine por Rui Bento e a Mag8, cerveja finalizada na Oitava Colina pelos cervejeiros Sérgio Pardal e José Gonçalves.

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