Câmara de Lisboa vai avaliar impacto económico da ModaLisboa

Uma entidade independente irá avaliar o retorno de cada uma das edições sazonais do evento.

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O valor concedido pela autarquia à ModaLisboa teve um aumento na sua 51.ª edição, “passando de 317.500 euros para 350 mil euros euros por cada edição” LUSA/RODRIGO ANTUNES

A Câmara de Lisboa aprovou esta quinta-feira uma proposta da vereadora Teresa Leal Coelho para a realização de um estudo por uma entidade independente sobre o retorno económico de cada uma das edições sazonais da ModaLisboa.

Para a vereadora, eleita pelo PSD, mas a quem a concelhia do partido retirou a confiança política, “é necessário que o município seja mais exigente e rigoroso quanto à justificação do apoio financeiro às actividades propostas, sem prejuízo do beneficiário último: o munícipe”. O documento foi aprovado em reunião privada do executivo municipal com os votos a favor do PS, CDS-PP e da vereadora Teresa Leal Coelho, a abstenção do BE e do PCP e o voto contra do vereador João Pedro Costa (PSD).

Já a proposta da Câmara de Lisboa para a atribuição de um apoio de 350 mil euros para a realização da próxima edição do evento, prevista ocorrer entre os dias 6 e 11 de Outubro, foi aprovada com os votos a favor do PS, CDS-PP, PCP e João Pedro Costa, a abstenção de Teresa Leal Coelho e o voto contra do BE. Na sua declaração de voto oral, Teresa Leal Coelho referiu que o financiamento dado pela autarquia (liderada pelo PS) “é na ordem dos 60% do valor necessário para a realização” do evento, defendendo a necessidade de ser conhecido publicamente o seu “retorno económico”.

“Não temos dúvidas de que tem um impacto mediático. Resta saber qual é o impacto económico e nós temos por diversas vezes pedido essa informação”, reforçou. Segundo Teresa Leal Coelho, “a ModaLisboa não procura outros parceiros, outros financiamentos, porque não precisa de procurar porque a Câmara Municipal de Lisboa entrega 700 mil euros anualmente para a realização deste evento”. “Se o impacto económico for extraordinário para a cidade de Lisboa pode compensar este valor, mas se nós não sabemos sequer qual é o impacto económico não podemos fazer sequer essas contas e não podemos fingir que as estamos a fazer”, acrescentou. 

A vereadora pede ainda que seja dado um “segundo passo no sentido da autonomização” e de a promotora “encontrar novos parceiros”. O valor concedido pela autarquia à ModaLisboa teve um aumento na sua 51.ª edição, “passando de 317.500 euros para 350 mil euros euros por cada edição” do evento, “perfazendo um total de 700 mil euros de apoio financeiro anual”, refere ainda o texto da proposta da vereadora Teresa Leal Coelho.