É o “Galardão Qualidade de Ouro 2020”, atribuído pela Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza. A lista, já uma tradição anual, "uma vez mais vem distinguir a qualidade da água balnear das praias portuguesas”.

Este ano, há mais 11 praias que no ano passado: o número total passa a 386, entre costeiras (322), de interior (54) e de transição (6). Em destaque, o aumento do número de praias interiores: mais 14 do que em 2019, i.e., mais cerca de 26%

Segundo dados da associação, “a região do Algarve apresenta a maior queda, enquanto a região Tejo e Oeste regista a maior subida de zonas balneares galardoadas”. É precisamente esta última região que tem mais na lista, 106 (mais 12), seguindo-se o Algarve, com 76 (menos 11), e o Norte com 66 (menos 8).  

Em comunicado, a Quercus apelou ainda a que, “no presente contexto”, se cumpram “as regras sanitárias nas praias delineadas pela Direcção Geral de Saúde”, salientando que os  banhistas devem fazer um “atempado planeamento das suas deslocações às praias, no sentido de evitar acumulações no areal e nos acessos às zonas balneares”. O conselho: consulte “a aplicação móvel InfoPraia da Agência Portuguesa do Ambiente” (Android, iOS).

Enquanto todas as praias da lista poderão ostentar a bandeira correspondente, a cerimónia oficial de hasteamento da Bandeira “Praia Qualidade de Ouro 2020” será realizada na Praia Fluvial da Ponte Soeira, Vinhais, em “data a definir oportunamente”. 

Os critérios

A selecção Ouro obriga a que as praias tenham tido “qualidade da água excelente nas últimas cinco épocas balneares de 2015 a 2019”. Além disso, “todas as análises realizadas na última época balnear (2019)” têm de apresentar “resultados melhores que os valores definidos para o percentil 95 do anexo I da Diretiva relativa às águas balneares” – o que significa que para “águas costeiras e de transição, todas as análises deverão apresentar valores inferiores a 100ufc/100ml para os Enterococos intestinais e inferiores a 250ufc/100ml para a Escherichia coli”,  para “águas interiores, 200ufc/100ml e 500ufc/100ml, respectivamente”. Ainda a ter em conta: “na última época balnear (2019), não poderá ter ocorrido qualquer tipo de ocorrência/aviso de desaconselhamento da prática balnear, proibição da prática balnear e/ou interdição temporária da praia” (sendo óbvio que a interdição decorrente da pandemia não conta para esta avaliação).

Os dados utilizados para coligir a lista partem de “informação pública oficial” da Agência Portuguesa do Ambiente, “tendo apenas em consideração as análises efectuadas nos laboratórios das diferentes Administrações Regionais Hidrográficas”.