Montesino, o mel corre-lhe nas veias

Cheira a rosmaninho. E a castanheiro, urze, melada de carvalho e a todo o pólen do mundo — num raio de três quilómetros —, a montanha, a riachos e a toda a natureza que as abelhas carregam. No Parque Natural de Montesinho é produzido um mel que é uma das maravilhas de Portugal.

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Teresa Pacheco Miranda
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Por si só, a estrada já é uma paz. Bragança ficou nas nossas costas e conduzimos meia hora no Parque Natural de Montesinho, feito de relevos suaves, de carvalhais e castinçais que se entrelaçam com uma cobertura de matos de giestas, urzes e estevas, lameiros e vegetação ribeirinha florida. Acompanham-nos os cavalos, a arquitectura popular, as cercas improvisadas e os pombais construídos em pedra e em forma de ferradura. A paisagem cheira a mel — ou à natureza que o mel transporta — mal entramos nos trilhos de terra e xisto cada vez mais íngremes, cada vez mais rudes para os pneus do jipe, cada vez mais apertados pela natureza espontânea que faz parte de Mofreita, antiga freguesia do concelho de Vinhais com 12,50 km² e meia centena de habitantes.

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