Câmara de Vizela responsabiliza Ministério do Ambiente pela poluição de rio

Autarca sublinha que um dos focos de poluição do rio Vizela é da responsabilidade da Águas do Norte, mais propriamente da ETAR de Serzedo, no concelho de Guimarães. E critica o ministério por não fazer nada.

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Adriano Miranda
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A autarquia de Vizela anunciou esta sexta-feira a saída do Plano de Acção para a despoluição do Rio Vizela, em protesto com a inacção do Ministério do Ambiente para resolver o problema, que, no entender do seu presidente, Vítor Hugo Salgado, é sobretudo responsabilidade das Águas do Norte.

Numa conferência de imprensa decorrida nesta sexta-feira no Parque das Termas, com o rio a correr num tom avermelhado ali ao lado, o autarca sublinhou que o Vizela, um dos afluentes do rio Ave, tem três focos de poluição: dois deles são na cidade e estão a ser alvo de fiscalização pelo município, mas o outro está a montante e, segundo o responsável, é culpa da Águas do Norte, mais propriamente da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Serzedo, no concelho de Guimarães.

“Não podemos continuar num plano de acção onde uma das estruturas integrantes é uma das responsáveis pela poluição. Os problemas do rio já estão identificados pelo executivo e pelo Ministério. Agora é preciso que se resolvam”, frisou o presidente da Câmara, eleito pela primeira vez em 2017.

Vítor Hugo Salgado pediu, por isso, ao ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, que emita um despacho a regular os tipos de descargas e os locais onde podem ser feitas e a mudança da conduta que as deposita. A conduta está junto à ETAR de Serzedo, num lugar onde o leito, segundo o autarca, é “muito incipiente”, a montante do centro urbano de Vizela. A seu ver, deveria estar a jusante da cidade, numa zona onde o leito contém mais água.

A câmara, disse ainda o autarca, vai recorrer do arquivamento pelo Ministério Público da queixa-crime que moveu contra a Águas do Norte, datado de 16 de Julho.

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