Brasil derrota Peru e conquista Copa América

“Escrete” ergue troféu pela nona vez - a quinta como organizador da prova - superando um Peru bem mais duro de roer.

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Os brasileiros festejam um dos golos contra o Peru Reuters/SERGIO MORAES

O Brasil venceu este domingo, pela nona vez na história, a Copa América, ao vencer, por 3-1, o Peru, sucedendo ao Chile, campeão em 2015 e 2016. O Maracanã, expurgado dos fantasmas de 1950, repetiu o essencial da história entre as duas equipas, na fase de grupos, na Arena Corinthians, ainda que frente a um Peru menos suculento que o servido nessa partida ganha pelos brasileiros por 5-0. Mesmo sem direito a banquete, a vitória foi suficiente para devolver ao Brasil o brilho de outros tempos na Copa América, competição que escapava ao “escrete” desde 2007.

O Peru, contudo, revelou grande competência na abordagem técnica e táctica, mesmo tendo que render-se a um Brasil que em relação ao primeiro duelo (5-0), a 22 de Junho, precisou de apenas mais três minutos para desfazer o nulo e acelerar o destino da competição.

Éverton (15’) não perdoou na primeira oportunidade “canarinha”, explorando o espaço deixado pelo lateral Luis Advíncula. O extremo do Grémio sublimava a visão de Dani Alves (único sobrevivente de 2007, que somou o 40.º título na carreira), a desmarcar Gabriel Jesus, fazendo justiça ao magistral lance do atacante do Manchester City. Como prémio, sagrar-se-ia melhor marcador da Copa América, a par de Guerrero, ambos com três golos.

O Brasil estava na frente, mas o “modesto” terceiro classificado no Grupo A, não desmoralizava. A equipa do argentino Gareca tinha a dupla e cada vez mais ingrata missão de vingar a goleada da fase de grupos para, assim, tentar conquistar pela terceira vez a Copa América, 44 anos depois de ter superado a Colômbia na última final disputada pelos peruanos. Para tanto, precisava recuperar rapidamente da desvantagem frente a um adversário intocável há sete jogos e invencível há 15 - desde a derrota com a Bélgica, nos “quartos” do Mundial da Rússia.

Paolo Guerrero, mesmo sob apertada vigilância, e já depois de Cueva ter ameaçado marcar, de livre, logo no segundo minuto de jogo, tornar-se-ia mesmo no primeiro a bater Alisson, ainda que de penálti (a punir mão casual de Thiago Silva), a um minuto do intervalo. Coutinho e Firmino tinham perdoado em dois momentos cruciais e o Brasil estava, agora, na iminência de recolher aos balneários com o desconforto de um empate fortuito, ainda que justo.

Valeu de novo Gabriel Jesus, isolado por Arthur, após boa recuperação de Firmino, a repor a vantagem e a evitar maiores constrangimentos. Mas Jesus acabaria por voltar ao centro das atenções, com uma expulsão algo forçada, que deixou o Brasil em dificuldades nos últimos 20 minutos, levando Tite a “estrear" Éder Militão em jogos oficiais.

Com um penálti e uma expulsão, o Brasil minimizava as suspeições levantadas nas meias-finais, ainda que o sofrimento só tivesse acabado aos 90’, num penálti de Richarlison.

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