Costa diz não se poder aceitar a ideia de que tudo se resumiu ao défice nestes quatro anos

Líder do PS esteve em Braga, na última das quatro convenções feitas pelo país para construir o programa de governo do PS.

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LUSA/ARIS OIKONOMOU

O secretário-geral do PS defendeu neste sábado que “não se pode aceitar a ideia” de que “nada aconteceu” nos últimos quatro anos além da redução do défice, mas admitiu que “ainda há muito caminho para andar”.

“Este balanço é importante fazer porque não podemos aceitar a ideia de que nada aconteceu nestes quatro anos para além da redução do défice”, afirmou António Costa, em Braga, na última das quatro convenções feitas pelo país para construir o programa de governo do PS.

Para o também primeiro-ministro a redução do défice deveu-se à acção do Governo: “Eu diria mesmo que a redução do défice aconteceu apesar de tudo aquilo que fizemos, de recuperação de pensões, de recuperações de salários, de melhoria do investimento nos serviços públicos, de melhoria do investimento na construção do nosso futuro, seja na Segurança Social, seja no investimento, na Educação, Investigação e Desenvolvimento”, enumerou.

No entanto, apesar das conquistas que Costa foi elencando durante o seu discurso, o líder socialista admitiu que nem tudo estava feito.

“Temos ainda muito caminho para andar e é precisamente por termos a consciência que há muito caminho para andar, mas que há a vontade e a necessidade e a capacidade de continuarmos por esse caminho, que hoje estamos aqui para ajudar a definir o que é que nos próximos quatro anos queremos mesmo fazer, e vamos fazer”, disse.

António Costa deixou ainda uma explicação para os resultados que disse terem sido conseguidos pelo seu Governo.

“Se quatro anos depois podemos dizer que cumprimos aquilo com que nos comprometemos a fazer foi precisamente porque só nos comprometeremos a fazer aquilo que sabíamos que podíamos efectivamente fazer”, disse.

Sob o lema Porque#TodosDecidem, foram organizadas, entre 15 de Junho e este sábado, quatro convenções temáticas centradas em quatro desafios nacionais (desigualdades, alterações climáticas, demografia e sociedade digital), que culminam numa convenção nacional, a realizar no dia 20 de Julho, em Lisboa, com a apresentação do programa eleitoral.