População de São João da Pesqueira manifestou-se contra fecho dos CTT
A Câmara Municipal de São João da Pesqueira convocou uma manifestação para esta quinta-feira, 15 de Novembro, contra o encerramento da estação dos CTT. Foram enviadas 800 cartas de protesto ao presidente da entidade.
O encerramento da estação dos CTT, em São João da Pesqueira, foi recebido com grande desagrado por parte da população. Na manhã desta quinta-feira, 15 de Novembro, os munícipes dirigiram-se às instalações da Câmara Municipal para uma manifestação – convocada pela própria autarquia – contra esse mesmo fecho.
Segundo a Câmara Municipal de São João da Pesqueira, a decisão dos CTT em fechar a estação de correios daquela localidade não passa de uma “desvalorização” da terra. Em dia de feira, a adesão à manifestação foi boa, garante o vice-presidente, Luís Rodrigues. “A manifestação serviu para dar força à nossa luta”, rematou.
Nessa mesma manifestação, os munícipes receberam envelopes azuis com um comunicado da autarquia, que assinaram e que foram remetidos ao presidente do conselho de administração dos CTT. Foram 800 os envelopes enviados como forma de protesto, assegura a mesma fonte.
Em causa está o encerramento da estação e a consequente substituição por um posto de correios. Nesse contexto, um serviço que é exclusivamente destinado à prestação de serviços postais – podendo ter à venda produtos externos – terá que, como explica Luís Rodrigues, passar a ser exercido num outro local que não é destinado para esse efeito – como é o caso de cafés.
Na localidade, a situação é vista com desagrado e já foi colocada uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, em conjunto com outras câmaras vizinhas, para tentar evitar o seu encerramento.
O vice-presidente notou ainda que a localidade já viu fechar o tribunal e as urgências à noite. A isso acrescem “vias de comunicação muito más, com estradas de terceiro mundo”. São João da Pesqueira é uma vila no concelho de Viseu e a estação dos CTT serve, neste momento, oito mil pessoas.
Texto editado por Ana Fernandes