Um pescador morto e três desaparecidos após naufrágio ao largo de Esmoriz
Buscas decorrem desde o início da manhã, no mar e no ar. Um pescador foi já encontrado sem vida e outro, o mestre, foi resgatado e encaminhado para o hospital da Feira.
Uma embarcação de pesca naufragou ao início da manhã desta segunda-feira, ao largo de Esmoriz. No barco Mestre Silva, da Póvoa de Varzim, seguiam cinco pescadores, tendo um deles sido resgatado e outro encontrado já sem vida, ainda de manhã. Os outros três elementos da tripulação estão desaparecidos e a ser procuradas no mar e pelo ar.
O mestre da embarcação foi resgatado durante a tarde e transportado de helicóptero para a base aérea de Ovar, informou o porta-voz da Autoridade Marítima. Natural de Caxinas, Vila do Conde, Rafael Silva foi, depois, levado para o Hospital da Feira, onde deu entrada estável, embora em hipotermia, segundo fonte daquele estabelecimento. Ao final do dia ainda estava internado naquela unidade.
A vítima mortal, já encontrada, é António Cristelo Sousa, de 52 anos, natural da Póvoa de Varzim. O seu corpo foi encontrado ao largo de Esmoriz por uma lancha do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), avançou a Autoridade Marítima Nacional. O português que permanece desaparecido é António Pontes Fangueiro, com 64 anos, também ele natural de Caxinas, como o mestre.
A bordo seguiam ainda dois pescadores indonésios: Mohamad Joni, de 33 anos, e Ardiansyah Nasution, de 26 anos. Ambos estavam empregados por uma agência internacional de recrutamento, que já foi alertada para o incidente pelo presidente da Associação Pro-Maior Segurança dos Homens do Mar, José Festas. A agência em causa é responsável pela contratação dos cerca de 200 pescadores naturais da Indonésia que, recentemente, passaram a trabalhar em várias embarcações do Norte do país, compensando a falta de mão-de-obra local.
Neste momento, e até ao anoitecer, decorrem buscas por mar e pelo ar, para encontrar os três desaparecidos. De manhã, as autoridades ainda tinham a expectativa de que outros elementos da tripulação deste barco, com 13 metros, pudessem estar a salvo, caso tivesse sido accionada a respectiva balsa salva-vidas. Mas segundo o mestre da embarcação, o acidente ocorreu de forma repentina e que, por isso, não houve oportunidade de accionar aquele meio de salvamento, explicou José Festas.
A embarcação, que tinha Leixões como porto habitual, começou a ser procurada, logo após o alerta, por outros barcos da zona, que se juntaram aos meios accionados pela marinha.
Actualizado às 18h45 com a identificação da tripulação do barco.