Noocity: hortas caseiras vencem Prémio das Indústrias Criativas

“Start-up” dedicada ao desenvolvimento de equipamentos para agricultura urbana vence os 25.000 euros da 8.ª edição do PNIC, entregues em Lisboa

“Uma horta em qualquer lugar” é o lema do projecto vencedor da 8.ª edição do Prémio Nacional das Indústrias Criativas (PNIC). A Noocity é uma empresa do Porto especializada na criação de equipamentos para agricultura urbana e terá agora 25.000 euros para desenvolver e consolidar o negócio.

José Ruivo, Pedro Monteiro e Leonor Babo são os responsáveis pela “start-up” e inspiraram-se no “conceito da consciência colectiva” e no universo urbano para baptizarem de Noocity o projecto, “100 por cento português”, como se lê em comunicado. A ideia é que as hortas caseiras estejam cada vez mais presentes nas casas de portugueses e, para isso, os três jovens desenvolveram uma “cama de cultivo com sistema de auto-rega que facilita a agricultura biológica em qualquer lugar”.

Entre as vantagens, continuam, está o facto de “economizar água e oferecer maior autonomia, não sendo necessário estas constantemente a regar”. Ao P3, José Ruivo explicou, em 2014, como a “Growbed” aproveita um sistema de subirrigação especial. “Esta tecnologia consiste em criar um depósito de água por baixo da zona de cultivo”, que depois “sobe até às raízes e hidrata as plantas”.

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Da esquerda para a direita

A “Growbed” destina-se a “um público urbano que anda sempre ocupado e que tem pouco tempo disponível” e é fácil de montar. Cerca de três anos é quanto esta cama pode durar, “mesmo com condições adversas de vento ou chuva”. No site da Noocity é possível encomendá-la a partir de 148 euros.

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Sistema de subirrigação da Growbed DR

Além do valor monetário associado ao primeiro lugar no PNIC, esta “start-up” vai ainda representar Portugal no “Creative Business Cup”, em Copenhaga, na Dinamarca, em Novembro.

A Bio Boards — outro dos projectos finalistas desta edição do prémio — foi também distinguida com uma menção honrosa “pelo compromisso de produzir todos os produtos, como skates ou pranchas de surf, com o mínimo impacto ambiental”, aproveitando a cortiça portuguesa. E a Book in Loop, uma solução digital de economia da partilha aplicada a livros escolares, foi ainda distinguida em categoria.

O Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves recebeu, este ano, 168 candidaturas. Em 2015, o vencedor foi a Miss CAN, uma empresa de Lisboa que se dedica à venda de conservas portuguesas em “packs” actuais.

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