Prémio das Indústrias Criativas tem dez novos finalistas
Uma secretária para trabalhar de pé, pranchas de surf em cortiça e uma plataforma para conteúdos editoriais originais são três dos dez finalistas do PNIC. Vencedor é conhecido a 13 de Julho
Já são conhecidos os dez finalistas da 8.ª edição do Prémio Nacional das Indústrias Criativas (PNIC), que recebeu 186 candidaturas e entra agora numa fase de “workshops” e elaboração de modelos de negócio. O projecto vencedor, que terá direito a um prémio de 25.000 euros e a representar Portugal na “Creative Business Cup”, em Copenhaga, é conhecido a 13 de Julho.
Os dez finalistas do PNIC estão divididos em quatro categorias. Na primeira — arquitectura e artes visuais — foram destacados quatro projectos. Com o Life in a Bag podes ter uma horta em casa. Cada embalagem tem argila, terra, sementes biológicas e instruções de cultivo, só precisas de plantar e esperar que cresça. “Uma horta em qualquer lugar” é o lema de outro dos finalistas dedicado ao cultivo caseiro: o Noocity criou uma cama de cultivo com sistema de auto-rega que facilita a agricultura biológica.
Ainda na mesma categoria, espaço para o Bio Boards — skates e pranchas de surf feitas a partir de materiais reciclados, recicláveis, reutilizáveis e biodegradáveis — e para a Nómada — uma peça de mobiliária pensada para quem trabalha de pé e pretende diminuir erros de postura e consequentes problemas de saúde.
Já na área dos conteúdos e novos média, destaque para três plataformas. O begin.media tem um sistema, semelhante ao “crowdfunding”, que permite a publicação de artigos jornalísticos de fundo da autoria dos “beginners”: jovens recém-licenciados em comunicação ou jornalismo à procura de uma oportunidade. A economia da partilha está presente na Book in Loop, que junta quem precisa de livros escolares a quem os tem, suportada por uma rede de postos a nível nacional. Por último na secção dos novos média, espaço para o Magik Play, um projecto que integra brinquedos tradicionais com “apps” educativas especiais, misturando cenários virtuais com blocos de madeira reais.
O Sensi Guitar e o Imaginando são os dois finalistas em música e artes do espectáculo. O primeiro consiste numa tecnologia que permite, por exemplo, a guitarristas adicionar sons exteriores durante a actuação, através de botões integrados no próprio instrumento. Já o segundo é um “software” para produção e “performance” musical focado na música electrónica desenvolvido pelos mesmos empreendedores que criaram uma harpa laser.
A lista dos dez finalistas fecha com uma nova marca de mel, a Iellow, integrada em turismo e património. O produto está disponível em unidoses para facilitar o consumo de mel multifloral.
Em 2015, o primeiro lugar no Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves foi ocupado pela Miss Can, uma empresa de Lisboa que se dedica à venda de conservas portuguesas em “packs” actuais.
