O vosso projecto é um dos 10 finalistas da edição 2016 do PNIC. Como o descreveriam a quem nunca ouviu falar de vocês?
Na Bio Boards — skate, surf, arte e sustentabilidade — criamos todo o tipo de produtos ligados ao surf e para o treino funcional do surf. Além disso temos a componente de personalização e utilização de materiais sustentáveis.
Em que é que a vossa empresa difere de outros projectos semelhantes?
Os materiais e a personalização são factores que nos distinguem, mas o nosso produto mais diferenciador é, sem dúvida, o skate em cortiça de três rodas que transmite a sensação de surf na terra. É ideal para treino quando as condições do mar não se encontram favoráveis.
O prémio para o vencedor desta edição são 25 mil euros. Caso vençam, como contam investir o dinheiro?
O dinheiro será investido, sobretudo, em estratégias de divulgação e marketing e também no desenvolvimento de novos produtos.
O que faz falta às indústrias criativas portuguesas?
O que faz falta as indústrias criativas é acreditar e não ter medo de errar. Também é importante o apoio de empresas já estabelecidas, um apoio genuíno a novos projectos com potencial e não apenas para aparecer nas notícias sob a forma de prémios. Em Portugal, as grandes empresas ainda são muito fechadas. Mas, fundamentalmente, o que faz falta às indústrias criativas são as pessoas. Acho que as pessoas não sabem da grande capacidade que têm de criar riqueza (não só dinheiro) e qualidade de vida para a sociedade em geral.
Se o vosso projecto fosse a uma entrevista de emprego e lhe perguntassem onde vai estar em 2020, o que responderiam?
Vamos estar no mundo inteiro, não só com os nossos produtos mas também com as nossas acções de consciencialização ambiental e de preservação da natureza. Sem ela não há surf nem pranchas.