Escrevo-vos de Praga pós-jantar. Antes de saber ao que vinha – que é como quem diz, o que me esperava em todo e qualquer restaurante – cozinhei e fotografei esta receita. Se fosse hoje, não o faria.
Desde que aqui cheguei, não comi um único prato sem batata (branca). As formas de apresentação/confecção são das mais criativas que tenho visto: temos o simples mas eficaz puré de batata, a batata frita clássica, batata no forno, gnochis, batata recheada com bacon, batata esmagada com pão, dumplings, panquecas de batata, batata gratinada com natas azedas e queijo e, por fim, salada de batata com pickles. A Praga da batata.
Devo acrescentar que é apenas o terceiro dia que levo desta vida de ócio, mas estes perdulários (de batata) fazem-me sentir que a “minha” sugestão, que antes me parecia digna de ser massivamente partilhada, é agora um parente pobre.
Perdoem-me, pois, por não trazer um arroz selvagem com espargos salteados em azeite de trufa ou um apple strudel com gelado artesanal de baunilha, canela importada e bagas de goji. Ainda assim, e fazendo uso da parca credibilidade que me resta, não deixem de fazer isto em casa. A batata doce tem inúmeras vantagens: ajuda a emagrecer devido ao alto teor de fibra, reduz o colesterol, tem baixo índice glicémico, é uma óptima fonte de vitaminas (sobretudo A e C) e de minerais (ferro e cálcio). Creio que os checos ainda não a descobriram – mas como é que se diz “Graças a Deus” nesta língua?
Do que precisas:
2 batatas doces médias
Flor de sal q.b.
1 ramo de alecrim
1 fio de azeite
Vamos a isto:
1. Pré-aquece o forno a 200º.
2. Num processador de alimentos, tritura a flor de sal juntamente com o alecrim. Reserva.
3. Corta as batatas em palitos (com casca) e distribui-as por um tabuleiro previamente forrado com papel vegetal.
4. Tempera com a flor de sal reservada e leva ao forno cerca entre 15 a 20 minutos, até dourarem.
5. Antes de servir, polvilha com mais um pouco de flor de sal e rega com um fio de azeite.