Portugal levantou ligeiramente a cabeça
A selecção nacional terminou a primeira etapa do Circuito Mundial, disputada na Austrália, no 11.º lugar
Uma vitória sobre o Quénia nos quartos-de-final da Taça Bowl (apuramento do 9.º ao 16.º lugar) garantiu que Portugal regresse da primeira etapa do Circuito Mundial de sevens com o objectivo mínimo cumprido. Embora a selecção nacional tenha caído logo de seguida, frente aos Estados Unidos, o triunfo contra os quenianos garante cinco pontos para o ranking da prova, mais quatro do que os alcançados pelo Japão, a selecção que surge como principal candidata a ocupar o último lugar no final das nove etapas do torneio.
Acabou por ser uma operação com um desfecho final aceitável e onde a péssima imagem deixada no Circuito Europeu foi apagada. Em Gold Coast, na Austrália, Portugal mostrou ter equipa para conseguir realizar uma época relativamente tranquila, mas as falhas defensivas constantes hipotecaram as possibilidades de terminar com um resultado melhor.
Depois de no primeiro dia a equipa portuguesa ter-se mostrado superior à Escócia, embora tenha estado mais perto da derrota do que da vitória, Portugal começou por defrontar um Quénia em transformação nos quartos-de-final da Bowl. Os quenianos não se apresentaram na Austrália com algumas das suas principais estrelas, que estão em diferendo com a federação local, mas com menos de dois minutos decorridos, os africanos já tinham aproveitado uma displicência na defesa portuguesa para marcar o primeiro ensaio (0-5).
Portugal, porém, mostrava ser superior e conseguiria, com justiça, chegar ao empate três minutos depois, com um ensaio de Vasco Fragoso Mendes. Mas na última jogada da primeira parte, uma série de rucks mal defendidos permitiu que o Quénia fizesse o segundo ensaio e chegasse ao intervalo a ganhar, por 10-5.
A estatística no final dos primeiros sete minutos mostrava que Portugal tinha falhado sete das 16 placagens tentadas (56% de sucesso), um valor que reflecte as debilidades defensivas nacionais.
E a segunda parte começou com uma auto-estrada aberta no centro do terreno, que o Quénia aproveitou logo aos 25 segundos para fazer o terceiro ensaio (5-17). Portugal ficava numa posição delicada, mas já com Pedro Leal em campo, repetiu o que tinha feito na véspera com a Escócia, ao realizar uma ponta final de partida excelente.
A cerca de três minutos do fim, Pedro Leal combinou bem com Adérito Esteves e fez o segundo toque de meta português (12-17) e, já no último minuto, uma arrancada de 90 metros de Nuno Sousa Guedes só terminou depois da linha de ensaio empatando a partida, valendo a Portugal a excelente conversão de Pedro Leal para garantir o suado triunfo, por 19-17.
Seguiu-se um confronto com os Estados Unidos, nas meias-finais da Taça Bowl, mas aí a superioridade dos norte-americanos foi clara. Os “eagles”, que mostraram na Austrália estar uns furos acima de Portugal, marcaram três ensaios na primeira parte (19-0) e na segunda parte não tiveram dificuldades para confirmar a vitória, por 33-0, colocando um ponto final na prestação portuguesa na primeira etapa do Circuito Mundial.
A competição regressa no início de Dezembro com dose dupla: dias 5 e 6 no Dubai; 13 e 14 na África do Sul.