Batalha épica ganha a 35 segundos do fim

Uma penalidade de Bernard Foley no último minuto garantiu aos Waratahs o primeiro título no Super Rugby

Os Waratahs escreveram neste sábado pela primeira vez o seu nome na lista dos vencedores do Super Rugby após uma enorme batalha em Sydney, frente aos Crusaders. Num confronto entre as duas melhores equipas da prova este ano e com um recorde de assistência em finais da competição, australianos e neozelandeses não desiludiram e proporcionaram um jogo épico, que apenas ficou decidido a 35 segundos do fim, quando Bernard Foley converteu uma penalidade que garantiu aos “Tahs” o triunfo por um ponto: 33-32.

A jogar em casa, os Waratahs entraram em campo com o estigma de terem perdido os últimos 11 confrontos com os Crusaders, por quem tinham sido derrotados nas duas vezes que alcançaram o jogo decisivo do Super Rugby. Mas com mais de 60 mil espectadores no Allianz Stadium, os australianos repetiram a receita da meia-final contra os Brumbies, entram no jogo com todo o gás e logo aos cinco minutos Adam Ashley-Cooper fez o primeiro toque de meta.

O ensaio não fez os Waratahs baixarem o ritmo e os Crusaders viam-se obrigados a travar o rival em falta, o que seria aproveitado por Foley que, com três penalidades convertidas, dava vantagem à sua equipa no final do primeiro quarto de hora, por 14-0.

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Abalados pelo impacto inicial, os Crusaders reagiram e após uma excelente jogada onde Slade e Read tiveram um papel decisivo, Matt Todd fez o primeiro ensaio da formação de Christchurch (14-7). Até ao intervalo, duas penalidades de Foley e outras tantas de Slade colocavam o marcador em 20-13, mas a pior notícias para os Crusaders nos primeiros 40 minutos chegou com a lesão de Dan Carter, que acabou substituído à meia hora.

O início do segundo tempo deixou evidente que a final seria discutida palmo a palmo até ao último segundo. Logo aos 43’, o potente ponta fijiano Nemani Nadolo arrancou imparável junto à linha e marcou o segundo ensaio dos Crusaders, deixando o marcador com um empate a 20 pontos.

Sete minutos depois, Slade deu a primeira vantagem na partida aos neozelandeses (20-23), Foley respondeu da mesma maneira logo de seguida (23-23), mas o “10” dos Crusaders voltou a pontuar aos 57’ (23-26). A partida atravessa um período menos espectacular, mas aos 63’ Ashley-Cooper aproveitou um buraco na defesa adversário e fez o seu segundo ensaio: 30-26.

Restavam ainda mais 17 minutos para jogar e os Crusaders aproveitaram logo de seguida uma falta num “ruck” para reduzir a desvantagem para um ponto (29-30). Com a entrada nos últimos 10 minutos, a margem de erro deixou de existir, os nervos aumentaram e os adeptos do Waratahs viram a história repetir-se: a três minutos do fim, os australianos foram penalizados por fora de jogo e Slade não perdoou. Os Crusaders voltavam para a frente (32-30) e tinham o título na mão.

Aos Waratahs restava tentar o tudo ou nada, fazendo o que melhor sabem: circular a bola o máximo possível a toda a largura do relvado. E os australianos foram pacientes, não se precipitaram e tiveram a oportunidade que desejavam: McCaw fez falta num “ruck” e deixou nos pés de Foley a decisão do título. Com o peso da história sobre si, o internacional australiano não tremeu, converteu a penalidade a cerca de 45 metros dos postes e, a 35 segundos do fim, garantiu um inédito titulo para os Waratahs.

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