Fakebook dos Escritores, onde Fernando Pessoa é vítima de "facejacking"

Já imaginaste uma conversa no Facebook entre os heterónimos de Pessoa e Luís de Camões, D. Sebastião e Almada Negreiros? Rafael Martínez deu-lhes vida e criou contas aos génios da literatura que, agora, se encontram no "Fakebook dos Escritores"

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Pega-se em grandes autores clássicos e contemporâneos como Fernando Pessoa (e heterónimos), Luís de Camões, Dan Brown e Stephen King, e inventa-se a sua conta no Facebook. A brincadeira de Rafael Martínez começou há pouco mais de um mês e já é um sucesso.

Em entrevista ao JPN, o autor do "Fakebook dos Escritores" explica como tudo começou. Inicialmente, o objectivo era pôr vários autores a conversar em banda desenhada. Contudo, como não foi possível e, até agora, não se proporcionou, os escritores foram "introduzidos" numa nova realidade: o Facebook.

Quem visita a página, apercebe-se que o escritor que está mais vezes "online" é Fernando Pessoa, isto por interesse próprio de Rafael e porque a obra do autor de "A Mensagem" é a que mais o intriga e fascina. Aproveitando os heterónimos (Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis), Rafael Martínez tenta transportá-los para "o nosso mundo".

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Mas o que leva um jovem português de 23 anos a pensar e escrever diálogos humorísticos entre escritores que marcam a cultura e a literatura internacional? A ideia surgiu de uma brincadeira que Rafael costuma ter com os amigos e que consiste em supor o que é que personalidades com grande formalidade, diriam ou pensariam sobre determinado assunto, através do Facebook — tudo graças ao interesse despertado pelo professor de Língua Portuguesa, durante o ensino secundário.

Os números estão a exceder as expectativas de Rafael Martínez, visto que a página conta com mais de 15 mil seguidores no espaço de dois meses. No entanto, Rafael garante que a ideia da banda desenhada "ainda é uma hipótese" para o futuro. Para já, a hipótese é a "transposição de algumas coisas para formato de vídeo", algo que não está totalmente definido, afirma o jovem.

A página foi fundada a 28 de Janeiro e, desde aí, Padre António Vieira já foi rejeitado pelos peixes, Alberto Caeiro já perdeu as ovelhas, Fernando Pessoa foi vítima de "facejacking" e Luís de Camões já desvalorizou o feito de Michael Phelps.

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