Steve Jobs sai de cena mas deixa negócio em terreno seguro
Demissão de Steve Jobs do cargo de CEO não preocupa: prevalece a ideia de que a Apple está bem entregue a Tim Cook
A demissão de Steve Jobs do cargo de CEO da Apple, apresentada dia 24 de Agosto, não está a causar preocupações.
É certo que, em pouco mais de uma década, Jobs salvou a empresa da falência e tornou-a numa das mais valiosas do mundo, mudou a indústria da música e a indústria dos telemóveis e, com o iPad, fez nascer um novo mercado, que apanhou todos os outros fabricantes de surpresa.
Mas é praticamente unânime a opinião de que o negócio da Apple está bem entregue ao novo CEO, Tim Cook, e que o futuro da empresa, pelo menos a curto prazo, não está comprometido.
"Vai ser sem dúvida uma Apple diferente sem Jobs, que foi o motor genial sempre que esteve aos comandos", reconhece Tiago Rosado, especialista em sistemas Apple e que trabalhou vários anos no representante da marca em Portugal. Mas argumenta que a multinacional americana não está em apuros sem o carismático fundador.
Cook já era braço direito de Jobs
"Tim Cook é um quase desconhecido do grande público; no entanto, tem sido o braço direito de Jobs praticamente desde o seu regresso [Jobs esteve fora da Apple vários anos até 1996]. Creio que terá capacidade para manter os sucessos a que temos vindo a assistir."
Cook tem experiência na função. Assumiu o cargo quando Jobs se ausentou em 2004 para ser tratado a um cancro pancreático. Voltou ao leme em 2009, quando Jobs teve de receber um transplante de fígado. E estava também aos comandos desde Janeiro, quando Jobs voltou a ficar de baixa, por motivos de saúde não revelados. Também Celso Martinho, director de tecnologia do portal Sapo, que desenvolve aplicações tanto para o iPhone como para os concorrentes Android, acredita que pouco vai mudar na Apple.
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