Marcelo Rebelo de Sousa elogia o “papel determinante” que Belmiro de Azevedo “teve ao longo de praticamente quatro décadas da democracia portuguesa, quer na economia, quer na sociedade”, graças a algumas características como a “liderança natural”, a “persistência” e a “visão de futuro” para além da economia.

“Em primeiro lugar, tinha uma liderança que era natural, era um líder e exercitou essa liderança em diversos sectores, na indústria, no comércio e em empreendimentos sociais e culturais”, disse o Presidente da República num depoimento ao PÚBLICO.

A esta capacidade junta a determinação: “Era muito determinado. A sua liderança era acompanhada de uma persistência relativamente às causas e projectos que abraçava. E à liderança e determinação somava-se uma constante visão de futuro, isto é, preocupava-se não apenas com o curto prazo, mas com aquilo que considerava essencial para o país a médio e longo prazo”.

Em concreto, o chefe de Estado sublinha que “o empenhamento social e cultural” de Belmiro de Azevedo se traduziu “numa fundação e numa intervenção na comunicação social [o PÚBLICO], bem como noutros domínios da cultura”, o que revela que “a sua visão de Portugal não ficava apenas pela economia”.

“Este somatório de características explica a homenagem que lhe é devida, e que lhe presto também e desde logo como Presidente da República”, disse.