Parlamento aprova resoluções em defesa da vacinação e aumento da sua cobertura

Projectos foram aprovados por unanimidade. O do CDS recomendava que crianças não vacinadas pudessem ser impedidas de se matricular, mas essa alínea foi rejeitada.

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Parlamento recomenda também a vacinação de todos os profissionais de saúde Adelaide Carneiro

A Assembleia da República aprovou nesta quinta-feira, por unanimidade, quatro projectos de resolução de CDS-PP, BE, PSD e PCP, no sentido de se aumentar a cobertura de vacinas e sensibilizar a população para a sua necessidade.

As iniciativas surgiram após o surto de sarampo em território nacional, com 28 casos confirmados este ano, segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS) e 134 notificações desde 1 de Janeiro.

Segundo os projectos de resolução, o CDS-PP recomenda ao Governo que se faça uma campanha nacional de sensibilização para o cumprimento do programa nacional de vacinação e que se tomem medidas para assegurar a vacinação de todos os profissionais de saúde. Na alínea e), contudo, o CDS defendia que sejam sinalizados os alunos não vacinados, que seja agilizado o processo de boletins de vacina electrónicos e que crianças não vacinadas possam ser impedidas de se matricular. Esta alínea foi chumbada pelo PS, BE, PCP, PEV e PAN. Apenas o CDS e o PSD votaram a favor.

O BE defende campanhas de sensibilização que relevem a importância das vacinas na redução da mortalidade e controlo e erradicação de doenças, e o PSD recomenda que se reforcem "as medidas de vacinação contra o sarampo", especialmente de crianças e jovens, e se "lance uma campanha informativa para esclarecer a população sobre a validade da vacinação incluída no Programa Nacional de Vacinação, em particular no caso do sarampo".

O PCP recomenda ao Governo, além das campanhas de sensibilização, o reforço da articulação entre unidades de saúde e escolas, a vacinação dos profissionais de saúde, bombeiros, professores e educadores e trabalhadores de escolas. E ainda que o Governo "tome medidas de fundo para reduzir a dependência do exterior quanto ao fornecimento de vacinas, garantindo disponibilidade e previsibilidade dos stocks".