EMEL vai pôr Lisboa a pedalar por 23 milhões de euros

Europa tem o maior número de cidades com Sistema de Bicicletas Partilhadas (524) e Lisboa vai fazer parte da estatística por 10 euros ao dia ou 36 ao ano.

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O sistema só estará acessível a partir dos 16 ou dos 18 anos Nuno Ferreira Santos

Dentro de, no máximo, um ano as ruas da capital vão ter mais 1410 bicicletas em circulação. A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa acaba de investir 23 milhões de euros num contrato com a fornecedora de bicicletas Órbita para pôr os lisboetas a dar ao pedal.

O processo é simples: em vários pontos da cidade estarão disponíveis bicicletas para alugar e pedalar até outro lugar. Nesse ponto de destino há um posto para encaixar a bicicleta e deixar pronta para ser activada por um código ou por um cartão de outro ciclista.

Este sistema funciona como uma resposta para a sustentabilidade das cidades na medida em que diminui o congestionamento e a poluição urbana e aumenta a facilidade de movimento. Por outro lado também aumenta a actividade física nas deslocações diárias e a proximidade com o meio envolvente.

E para os que têm menos resistência ou não quiserem suar nas subidas a pique, estarão 940 bicicletas eléctricas distribuídas pelas 140 estações. Os pontos de instalação vão estar sobretudo no centro da cidade, junto ao rio e nos principais interfaces de transportes, como o Campo Grande, Entrecampos, Sete Rios, Alameda, Saldanha e Roma-Areeiro.

O primeiro concurso público já tinha sido lançado em 2015, mas as 11 propostas formalizadas acabaram por ser excluídas. O segundo concurso realizou-se no ano passado, onde o número de propostas caiu, mas aumentou o valor da mais baixa. Em Fevereiro deste ano, a empresa abriu candidaturas para voluntários testarem a rede de bicicletas partilhadas no Parque das Nações para fazerem recomendações e serem co-criadoras do projecto.

O período de duração do contrato entre as duas empresas portuguesas publicado agora no Portal BASE é de nove anos. Este prazo deve-se ao facto da implementação da rede exigir alterações no espaço público e por se tratar de um serviço inovador de transporte urbano cuja adesão pode exigir um tempo alargado.

Texto editado por Ana Fernandes

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