Dois anos de prisão suspensa para padre que dirigia Casa do Gaiato em Paredes

O arguido, de 86 anos, conhecido como padre Batista, estava acusado de 13 crimes de maus-tratos.

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PAULO PIMENTA / PUBLICO/Arquivo

O padre que dirigia a Casa do Gaiato em Beire, Paredes, foi nesta sexta-feira condenado pelo tribunal de Penafiel a uma pena de prisão suspensa de dois anos e nove meses pela prática de seis crimes de maus-tratos.

O arguido, de 86 anos, conhecido como padre Batista, estava acusado de 13 crimes daquela natureza, mas foi absolvido de oito. O crime de ofensa à integridade física agravada de que estava acusado foi convertido pelo tribunal num crime de maus-tratos. O arguido ficou também proibido de permanecer na instituição que dirigiu durante várias décadas.

No acórdão, o tribunal disse ter ficado provado em tribunal a ocorrência de várias situações de maus-tratos, de que foram vítimas os utentes da Casa do Gaiato, em Beire, a maioria com doenças do foro mental. O colectivo destacou, nomeadamente, o facto de o padre administrar cuidados de enfermagem aos utentes sem ter qualificações académicas para o fazer.

No julgamento, o padre Batista negou sempre a prática de maus-tratos na instituição.