As principais datas do Banif

Criado em 1988, o Banif acabaria por morrer em 2016

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Banif nasceu em 1998 Reuters/RAFAEL MARCHANTE
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Jorge Tomé foi o último presidente do Banif Enric Vives-Rubio

1988
O Banif nasce em Janeiro, através da incorporação da Caixa Económica do Funchal. Em 1992, as acções do banco liderado pelo empresário Horácio Roque entram em bolsa.

2012
Fevereiro

Jorge Tomé sai da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para presidir ao Banif, que inicia um processo de reestruturação, fechando agências e despedindo centenas de trabalhadores.

Março
O Banif chumba na avaliação do Banco de Portugal aos indicadores e metodologias usados nos testes de resistência a cenários macroeconómicos adversos.

Dezembro
O Estado injecta 1.100 milhões de euros no Banif, dos quais 700 milhões em capital e mais 400 milhões em obrigações subordinadas de conversão contingente (as CoCos). Passa a deter 99,2% do banco, que regista prejuízos históricos de 576,4 milhões de euros.

2013
Agosto

O Banif reembolsa o Estado (com um atraso de dois meses) em150 milhões de euros.

2014
Abril
O Banif devolve mais 125 milhões ao Estado, ficando a faltar outros 125 milhões para completar o reembolso das CoCos.

Dezembro
O banco falha o pagamento dos restantes 125 milhões do empréstimo público.

2015
Julho

A Comissão Europeia, que rejeitou sucessivos planos de reestruturação do Banif, abre uma investigação aprofundada ao auxílio de Estado atribuído ao banco.

Dezembro
Dia 11

O Banif confirma que há um processo para vender a posição do Estado a um investidor privado. Dois dias depois, a TVI 24 noticia que a intervenção pública no banco é iminente, o que o Banif desmente.

Dia 14
O Governo diz que está a acompanhar a situação do banco e quer garantir “a plena protecção dos depositantes”; Bruxelas frisa que qualquer solução tem de “assegurar a plena protecção dos depósitos”.

Dia 15
Em entrevista à SIC, Jorge Tomé, revela que tentou vender a posição do Estado no início do ano, mas que o executivo de Passos Coelho recusou a operação para não prejudicar a venda do Novo Banco. No mesmo dia, o primeiro-ministro reúne com os líderes dos vários partidos para discutir a situação do banco. Garante a protecção dos depósitos, mas admite que o processo pode ter custos para os contribuintes.

Dia 17
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) suspende a negociação dos títulos do Banif em bolsa (as acções estavam a valer 0,2 cêntimos).

Dia 18
Surgem notícias de interessados na posição do Estado. Entre eles, os bancos espanhóis Santander e Popular e fundos de investimento, como o norte-americano Apollo, dono da Tranquilidade.

Dia 20
O Banco de Portugal anuncia a venda ao Santander por 150 milhões de euros.