Governo sueco vai apertar leis depois de ataques sexuais em festivais de Verão

Casos ocorreram há uma semana em dois festivais. Polícia investiga 15 alegadas violações e 40 queixas de agressão sexual.

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Agente no festival de Bravalla Reuters

O governo sueco pretende tornar mais rígidas as leis que condenam as agressões sexuais depois de uma série de ataques que ocorreram, na última semana, em pelo menos dois festivais de música.

O primeiro-ministro Stefan Löfven disse, nestaa terça-feira, à televisão sueca que a polícia investiga 15 queixas de alegada violação e 40 de agressões sexuais. "Vamos olhar para as leis sobre crimes sexuais", declarou. "Além disso, é também importante que se continue a certificar que a polícia, o Ministério Público e outras autoridades tenham condições para investigar esses crimes, para que tenhamos a certeza de condenamos os responsáveis pelos crimes", acrescentou.

Mattias Grenestam, o oficial que está à frente da investigação preliminar sobre os ataques registados num festival em Bravalla, a cerca de 140 quilémetros a sudoeste de Estocolmo, disse que os suspeitos eram indivíduos de diferentes idades e que agiam sozinhos. "Eles não podem ser identificados como fazendo parte de um grupo", disse ao diário sueco Dagens Nyheter.

Em Karlstad, a cerca de 300 quilómetros a oeste de Estocolmo, onde decorreu um outro festival de música, a polícia identificou inicialmente os suspeitos dos ataques sexuais como um grupo de sete ou oito jovens migrantes. No entanto, o inspector Urban Bengtsson, da polícia local, disse a uma rádio sueca que as suspeitas recaiam nestes, mas também noutros jovens. "É ainda cedo para dizer qual é o denominador comum", resumiu.

Recorde-se que no início deste ano, a polícia foi acusada de encobrir uma série de acusações de violência sexual, cujos culpados seriam jovens migrantes, também num festival de música em Estocolmo. Desde que começou a crise dos refugiados que a Suécia enfrentam uma revolta entre os seus eleitores, sobretudo depois do registo de 163 mil requerentes de asilo, há um ano, o que veio a fortalecer a extrema-direita do país – actualmente a terceita maior força política do país.