Dedo no rabo de um jogador gera revolta uruguaia na Copa América

Chile apurou-se para as meias-finais da principal competição sul-americana de futebol, mas Uruguai acusa adversário de provocação.

Dedo no rabo de um jogador gera revolta uruguaia na Copa América

Um golo de Mauricio Isla, aos 81 minutos, derrotou os uruguaios, 15 vezes campeões, que acabaram reduzidos a nove unidades, face às expulsões, por acumulação de amarelos, de Edinson Cavani, aos 63', e Jorge Fucile, aos 88'.

A partida ficou marcada pelo lance que levou à expulsão de Cavani, com os uruguaios a afirmarem que o avançado que joga no PSG apenas reagiu a uma provocação do chileno Gonzalo Jara. Isto porque, aos 63' e ainda antes do golo do triunfo do Chile, Jara aproximou-se de Cavani e colocou um dedo entre as nádegas de Cavani, levando a uma reacção do uruguaio, que acertou com a sua mão na cara de Jara.

Ora, Cavani já tinha visto um cartão amarelo antes e, devido a esta sua acção, viu o segundo, seguido do consequente cartão vermelho, que ditou a sua expulsão.

"Pode ver-se o que levou à expulsão do Cavani nas imagens da televisão ou nas fotografias, está tudo lá. Eu admito que o árbitro [o brasileiro Sandro Ricci] não tenha visto, mas o auxiliar tinha obrigação de ter visto, tendo em conta a sua posição", afirmou após o jogo Oscar Tabárez, seleccionador do Uruguai.

De acordo com Tabárez, a expulsão de Cavani dificultou a tarefa da sua equipa, especialmente no que diz respeito às movimentações ofensivas: "Tínhamos o jogo controlado, mas quando ficámos com dez jogadores tornou-se mais difícil porque limitou as nossas oportunidades de atacar", referiu. O Uruguai terminaria a partida com apenas nove jogadores de campo, devido à expulsão do antigo jogador do FC Porto Fucile, aos 88'.

A imprensa uruguaia fala numa agressão "desleal" de Jara a Cavani que esteve perto de não jogar a partida dos quartos-de-final da Copa América devido a um problema familiar. O avançado uruguaio tinha mesmo recebido autorização do seleccionador para abandonar a concentração depois de ter tido conhecimento que, na véspera, o seu pai atropelara e matara um motociclista no Uruguai. Mas Cavani optou por não regressar ao seu país e continuar junto do plantel.

Nas meias-finais, o Chile vai defrontar segunda-feira o vencedor do embate entre Bolívia e Peru, que se defrontam nesta quinta-feira (0h30 de sexta-feira em Portugal continental). com Lusa

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