Isabel dos Santos enviou carta a propor fusão entre BPI e BCP
CMVM acaba de determinar a suspensão das acções do BCP e do BPI.
Apesar de ter sido pedida informação por parte da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), ainda esta segunda-feira, continua a não existir qualquer informação oficial sobre a referida proposta. Mas, de acordo com as edições online dos dois jornais, a carta foi envida na segunda-feira à noite.
A fusão entre BPI e BCP será uma alternativa à Oferta Pública lançada pelo CaixaBank sobre o capital que ainda não controla do BPI.
Isabel dos Santos detém uma participação de 18,6% no BPI. A proposta de fusão com o BCP deverá contar com a concordância da Sonangol, empresa angolana que é a maior accionista do BCP.
Segundo o Jornal de Negócios, a carta enviada às três entidades sublinha as vantagens desta fusão em Portugal, com a criação do maior banco privado português, mas também em Angola, Moçambique e Polónia.
A reflectir a proposta de Isabel do Santos, as acções dos dois bancos estão a registar uma forte valorização. As acções do BPI estão a subir 8,46% e as do BCP 6,71%.
O presidente do CaixaBank, maior accionista do BPI, desvalorizou esta segunda-feira a notícia sobre a proposta de fisão dos dois bancos, afirmando que "o jogo ainda agora começou".
O CaixaBank, que já controla 44% do banco português, lançou uma oferta publica de aquisisição sobre o BPI, oferecendo 1,329 euros por cada acção. O banco catalão quer comprar pelo menos mais 5,9% do capital do banco português, e impõe como condição a quatros a desblindagem dos estatutos, para o qual é preciso 75% dos votos.. Nessa votação, a decisão de Isabel dos Santos é importante.