FPF diz que receitas das apostas online são decisivas para os clubes
O organismo que dirige o futebol nacional mostrou-se satisfeito com a decisão governamental.
"A exploração das apostas desportivas é uma medida estruturante e de importância decisiva na sustentabilidade dos clubes e do futebol português", afirmou Fernando Gomes, em comunicado, depois de o Conselho de Ministros ter aprovado a nova legislação.
Além do regime que vem regular as apostas desportivas e de fortuna ou azar através da Internet, o Governo aprovou a concessão em exclusivo à Santa Casa de Misericórdia da exploração de casas de apostas desportivas - futebolísticas e hípicas - com base no território português.
"A aprovação deste diploma era uma aspiração legítima e justa do futebol na qual a FPF e eu próprio nos empenhámos desde há vários anos. A aprovação deste diploma garante uma legislação desta actividade de acordo com as recomendações da Comissão Europeia e as melhores práticas internacionais", disse Fernando Gomes.
O Governo anunciou que, com a legislação relativa ao jogo online, que ainda carece de aprovação do Presidente da República, prevê arrecadar cerca de 25 milhões de euros por ano, resultantes do licenciamento e dos impostos.
As apostas desportivas à cota vão ser taxadas entre 8 e 16% sobre o montante total apostado, enquanto nos jogos de fortuna ou azar o imposto recai sobre a receita bruta, com uma variação entre 15 e 30%.
Além da FPF, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, sobretudo pela voz do seu ex-presidente, Mário Figueiredo, tem defendido a regulação das apostas online, reclamando uma fatia das receitas para os clubes.