BES encerra a perder 10,6% após desconvocação da assembleia geral

Sector bancário arrastou PSI 20 para queda de 1,2%.

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A abertura da bolsa lisboeta acompanhou a maioria dos mercados europeus Rafael Marchante/Reuters

Antes do anúncio da desconvocação da AG, por iniciativa da ESFG, que detém 20,1% dos BES, e com a concordância do Crédit Agricole, as acções do banco seguiam a perder 5%. O título fechou a 0,39 euros, atingindo um mínimo da sessão a 0,38 euros.

A desconvocação da AG, justificada com os desenvolvimento da ESFG, que viu esta terça-feira o pedido de gestão controlada aceite pelo Tribunal Comercial do Luxemburgo, não tem implicações na actual equipa de gestão, liderada por Vítor Bento, que foi cooptada.

O BES arrancou o dia a desvalorizar, após uma notícia do Expresso Diário, desta segunda-feira, onde se dava conta que as perdas a apresentar pela instituição superarão os três mil milhões de euros.

Na sequência desta notícia, o Banco de Portugal veio reafirmar a solvência do banco e a existência de accionistas disponíveis para acorrer a um aumento de capital, se for necessário.

A apresentação de contas está prevista para esta quarta-feira.

Apesar da dimensão da queda, o volume de acções do BES transaccionadas ficou abaixo dos 100 milhões de títulos, um nível inferior ao de outras sessões recentes, já no âmbito da actual crise do Grupo Espirito Santo.

A queda do banco teve reflexos no PSI 20, que caiu 1,20% em dia de subidas modestas nas restantes praças europeias.

O restante sector financeiro nacional fechou negativo, o com o BCP a perder 2,42% e um volume de transacções muito elevado, de 240 milhões de títulos, a reflectir a realização de mais-valias geradas pelas acções adquiridas no recente aumento de capital.

O BPI encerrou a perder 1,1% e o Banif ficou inalterado.

Com quedas superiores a 2% esteve ainda a PT e os CTT e a Teixeira Duarte (3,39%).

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