Partido de Merkel vence e partido antieuro ganha força, mas não demasiado
União Democrata Cristã terá obtido 36% e os sociais-democratas 27,5%. Alternativa para a Alemanha, crítica dos resgates do euro, terá chegado a 6,5%.
A participação, que nas europeias de 2009 foi de 43,3%, terá subido para 48%, segundo as estimativas. “As eleições na Alemanha quase só têm vencedores”, fazia notar o diário Süddeutsche Zeitung. “A participação subiu, as forças estabelecidas estabilizaram-se.”
Tendo tudo isto em conta, o jornalista de política do semanário Die Zeit Ludwig Greven comenta: “Nada mau, Alemanha!” Apesar do resultado da Alternativa para a Alemanha (AfD), explica, “o resultado global mostra que a Alemanha está tudo menos cansada da Europa”.
Os democratas-cristãos terão obtido cerca de 36% dos votos (menos do que nas legislativas de Setembro passado, quando atingiram um pico de 41,5%).
O Partido Social-Democrata, que no início do ano entrou numa “grande coligação” com a CDU da chanceler, terá obtido 27,5%. O cabeça de lista do grupo dos socialistas às europeias (e assim candidato à presidência da Comissão Europeia) é o alemão Martin Schulz, do SPD.
O partido antieuro AfD, que defende o fim da polícia de resgates e um euro num núcleo mais pequeno de países, ou mesmo a saída da Alemanha, chegou a 6,5%, segundo as sondagens à boca das urnas, o que poderá dar-lhes 6 entre os 96 eurodeputados da Alemanha (com base nas sondagens à boca das urnas a CDU deverá ter 37 e o SPD 27). A AfD tinha ficado com apenas 4,5% dos votos nas legislativas, não conseguindo ultrapassar a barreira de 5% necessária para entrar no Parlamento federal.
De resto, os Verdes terão obtido cerca de 11% e Die Linke (A Esquerda) cerca de 8%, enquanto os Liberais se terão ficado pelos 3%. Partidos mais pequenos têm pela primeira vez a hipótese de entrar no Parlamento Europeu com o fim da barreira de um mínimo de 3% que existiu até esta votação, e o partido de extrema-direita NPD (Partido Nacional-Socialista) deverá assim conseguir eleger um eurodeputado.
Outros partidos beneficiarão com esta novidade: o Partido Pirata, o dos direitos dos animais, da família, e ainda o partido satírico Die Partei, segundo os últimos dados, deverão entrar no Parlamento Europeu.