Construção diz que não há desculpa para não se avançar rapidamente com infra-estruturas prioritárias

Presidente da CPCI diz que “o sector só quer construir o que o país precisa”.

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O sector da construção poderá perder 140 mil postos de trabalho até ao final do ano Enric Vives-Rubio

O presidente da CPCI, que integrou o grupo de trabalho para as infra-estruturas de elevado valor acrescentado, defende que “não há tempo para mais estudos e que chegou a altura de planear, assegurar financiamento e calendarizar os projectos para um horizonte de 2014-2020”.

Questionado sobre o risco da discussão pública se arrastar ao longo do ano de 2014, Reis Campos é peremptório: “Não podemos perder mais um ano”. Apesar de admitir que possa ser dado conhecimento público do relatório, o líder da construção diz que “é preciso acção, é preciso tomar decisões, nomeadamente em relação a verbas que ainda não foram gastas, relativas ao actual Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), bem como ao planeamento do próximo quadro comunitário”.

Reis Campos congratula-se com as conclusões do grupo de trabalho, que vem mostrar que o país ainda precisa de infra-estruturas, mas que estas devem ser pensadas dentro de uma estratégia de crescimento. “O sector da construção só quer construir aquilo de que o país precisa”, assegura o presidente da fileira da construção.  

Para além dos 30 projectos considerados prioritários, todos de valor superior a 2,5 milhões de euros, o presidente da CPCI defende que foram identificados muitos outros projectos, nas áreas ferroviária, rodoviária, portuária, mas também nas áreas sociais e da saúde, entre outras, que devem ser discutidos e considerados na agenda da Governo e nas candidaturas a fundos comunitários.

Reis Campos destaca a reabilitação urbana como uma das áreas que, não estando incluída nos projectos prioritários, está dependente de um conjunto de medidas que o Governo ainda não tomou para o seu lançamento.

A reabilitação urbana é apenas uma das medidas contratualizadas em Março do ano passado entre o Governo e o sector da construção para estancar a crise do sector e a destruição de emprego, mas que não chegaram a sair do papel. Do total de 50 medidas, muitas das quais não envolvem dispêndio de dinheiro público, apenas “uma dúzia delas foi concretizada”, admite Reis Campos.

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