Accionistas da Mota-Engil vão votar distribuição de acções da Mota-Engil África

Negócios em África representam mais de 40% da actividade total do grupo português.

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África suportou aumento das receitas nos primeiros três meses do ano Dario Cruz

"Esta assembleia-geral servirá para discutir e deliberar sobre a atribuição condicional gratuita aos accionistas de acções ordinárias, representativas de 20% do capital social da 'sub-holding' do grupo Mota-Engil em que se agreguem os negócios e a actividade em África (Mota-Engil África) que deverá ser cotada numa bolsa europeia", lê-se num comunicado da construtora.

A cada accionista será atribuído "o número de acções da Mota-Engil África resultante da aplicação do factor determinado pela divisão do número de acções representativas de 20% do capital social dessa sociedade pelo número de acções representativas do capital social da Mota-Engil, SGPS, S.A. na data da deliberação (excluídas as acções próprias)", esclareceu a Mota-Engil.

Os accionistas vão ainda deliberar sobre a possível alienação de acções próprias da construtora, que tem em carteira um total de 11.101.379 acções próprias, representativas de aproximadamente 5,42% do respectivo capital social.
A 21 de Novembro, o presidente executivo da Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins, disse à Lusa que o Grupo ia propor a entrada em bolsa da Mota-Engil África numa praça europeia fora de Portugal com o objectivo de aceder "a um mercado financeiro mais global".

Questionado, na altura, sobre qual a praça europeia, Gonçalo Moura Martins não avançou pormenores, sublinhando apenas que não será em Portugal.

A região de África representa mais de 40% do volume de negócios da construtora portuguesa.

Com a entrada em bolsa da 'sub-holding' africana, a Mota-Engil entra numa "nova forma de abordar o mercado de capitais", acrescentou o presidente executivo da Mota-Engil.

A concretizar-se, a entrada em bolsa da Mota-Engil África deverá acontecer até final do primeiro semestre do próximo ano, de acordo com o responsável.