Airbus deseja “tudo do melhor” à rival Boeing
Na sequência dos problemas registados nos aviões Dreamliner, a fabricante europeia disse ao PÚBLICO que espera que a concorrente os ultrapasse rapidamente.
O modelo da Boeing tem vindo a registar sucessivas falhas e, depois do terceiro acidente ocorrido a bordo no espaço de uma semana, os voos do Dreamliner estão a ser suspensos a nível internacional.
Nesta quinta-feira, a Administração Federal da Aviação norte-americana (FAA) anunciou que todos os Boeing 787 controlados por transportadoras aéreas do país estão proibidos de voar. Também há registo de interdições na Índia, na Polónia (a polaca LOT é a única companhia europeia que opera o Dreamliner actualmente) e no Chile.
Em resposta ao PÚBLICO, a Airbus disse que “é prematuro analisar a decisão tomada pelos reguladores internacionais”, acrescentando que, se a FAA “emitir orientações e recomendações, será benéfico para toda a indústria da aviação”.
“Estas questões mostram o quão complexa é esta indústria e o quão regulada é. E é por isso que a aviação se mantém como um, senão o mais seguro meio de transporte”, concluiu a fabricante europeia, detida pela EADS (grupo do qual são accionistas os Estados francês, alemão e espanhol, entre outros investidores).
A Airbus, histórica rival da Boeing, anunciou nesta quinta-feira um novo resultado recorde na entrega de aviões, tendo atingido a fasquia dos 588 em 2012. Ao nível das encomendas, as previsões (que apontavam para 650) também foram ultrapassadas, tendo alcançado um total de 914 ao longo do ano passado.