“Vem aí uma bomba atómica fiscal com o próximo Orçamento”, denunciou o socialista antes de acusar a incompetência do primeiro-ministro de ser directamente responsável por uma parte importante do esforço que vai ser exigido aos portugueses. “2,5 mil milhões de euros que os portugueses vão pagar pelos erros do seu Governo”, disse Seguro.

No debate que servia para preparar o próximo Conselho Europeu, Passos Coelho reconheceu o impacto das medidas. “Diz que vem aí a bomba fiscal. É verdade. Entendemos que era indispensável fechar este desvio orçamental sem pedir mais tempo e mais dinheiro”.

E depois tentou colar o PS a um segundo resgate ao país. “Tenha coragem e assuma que quer pedir um segundo resgate”, desafiou o primeiro-ministro, depois de Seguro ter defendido mais tempo. E lembrou ter conseguido para Portugal “metas intermédias para o défice flexibilizadas”.

Na resposta, o líder socialista criticou o Governo por, mesmo tendo conseguido mais um ano, “ao mesmo tempo vai exigir mais austeridade aos portugueses”.