Fim da poluição de suiniculturas deve ser projecto de interesse nacional, diz ministra
Actualmente, os restos das suiniculturas de Leiria, uma das zonas com maior número de suiniculturas do país, são espalhados nos terrenos agrícolas, segundo regras especiais. Mas, para Assunção Cristas, ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, esta não passa de uma solução provisória enquanto a ETES não é construída. “Não é o ideal, mas é necessário até que se concretize a solução definitiva”, frisou a governante, no final de uma conferência em Leiria, organizada pela NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria, intitulada “Novos desafios do Setor Agroalimentar - Uma Estratégia para o Crescimento da Economia Portuguesa”.
O problema arrasta-se há mais de uma década na região de Leiria e a 6 de Janeiro de 2006 chegou a ser anunciada a solução técnica e o consórcio que iria construir e explorar a estação de tratamento, na freguesia de Amor. Mas desde então o processo tem sofrido sucessivos adiamentos.
Assunção Cristas considera que a estação deve ser considerada um projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN). Será uma forma de garantir “um processo mais rápido de aprovação, licenciamento e entrada em construção”, sustentou a ministra.
O presidente da Recilis - a entidade que irá liderar o processo de construção da ETES, numa parceria com a Fomentivest e a Luságua -, admitiu ontem à agência Lusa que “os prazos são curtos”, lembrando que “a execução do projecto tem que estar concluída até meados de 2014”. David Neves está esperançado, contudo, que “depois de avanços e recuos possa agora ser dado o impulso final e que até Junho deste ano possa ser apresentada a candidatura”, expressando total sintonia entre os suinicultores e o ministério.