Segundo responsável do partido de Besigye, o Fórum para a Mudança Democrática, este foi interpelado nos subúrbios de Kampala, a capital, e levado para uma localização desconhecida, depois de ser transferido de várias esquadras de polícia.

“A polícia levou-o e o motorista dele ainda tentou segui-los mas acabou por lhe perder a pista quando o carro da polícia entrou no quartel. Continuamos sem saber onde ele está e para nós isto é um rapto”, sustentou Ann Mugisha, citada pela agência noticiosa britânica Reuters.

As autoridades anunciaram na semana passada que Besigye seria mantido em detenção domiciliária – a que tem vindo a ser submetido desde Maio passado, com o eclodir dos protestos – até que prometesse não se juntar às manifestações contra o Governo. Apesar de esta medida ter sido declarada pelos tribunais, a polícia manteve o cordão em volta da casa do líder da oposição, impedindo-o de sair.

Já no início deste mês, Besigye, candidato presidencial derrotado em Abril por Yoweri Museveni (no poder desde 1986), tinha sido detido quando se juntou a uma das “marchas de casa para o trabalho” que se repetem há quase sete meses no Uganda.No auge dos protestos, em Abril e Maio, pelo menos nove pessoas foram mortas na repressão dos protestos, de acordo com estimativas da Human Rights Watch, e Besigye foi brutalmente espancado e preso repetidas vezes.