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De sarcófagos a estátuas: Egipto exibe tesouro milenar
Da exibição fazem ainda parte 150 estátuas de divindades egípcias e vasos utilizados em rituais.
Arqueólogos egípcios exibiram, na segunda-feira, 250 sarcófagos pintados com múmias preservadas no interior, algumas com mais de 2500 anos.
A descoberta foi encontrada durante escavações no Cemitério dos Animais Sagrados, na necrópole de Saqqara, a 24 quilómetros do Cairo, revelou o responsável do Conselho Supremo de Antiguidades, Mostafa Waziri, à estação de televisão norte-americana CBS.
Os artefactos, que foram alinhados numa exposição improvisada junto da pirâmide de degraus de Djoser, incluem 150 estátuas de bronze de antigas divindades e vasos utilizados em rituais de Ísis, deusa da fertilidade na mitologia egípcia antiga, que datam de 500 a.C..
No entanto, o destaque é uma estátua de bronze sem cabeça de Imhotep, o arquitecto-chefe do faraó Djoser, que governou o Egipto entre os anos de 2630 a.C. e 2611 a.C.. Dentro de um dos caixões, os arqueólogos descobriram um rolo de papiro que acreditam conter capítulos do Livro dos Mortos, uma colecção de orações, feitiços, magia, hinos e lendas do Antigo Egipto.
Esta foi a quinta descoberta dos arqueólogos que trabalham no local desde 2018, escreve a CBS, acrescentando que ainda os especialistas ainda têm muitos anos de trabalho para fazer na região. As peças vão poder ser vistas numa exposição permanente no novo Grande Museu Egípcio, um projecto ainda em construção perto das Pirâmides de Gizé.
Saqqara faz parte de uma extensa necrópole na antiga capital do Egipto, Memphis, cujas ruínas foram designadas Património Mundial da Unesco na década de 1970. As Pirâmides de Gizé e as pirâmides menores de Abu Sir, Dahshur e Abu Ruwaysh são os monumentos que fazem parte da necrópole.