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Em 2022, 22 projectos em Portugal concorrem aos prémios de arquitectura Mies van der Rohe
Uma remodelação na Casa de Saúde Rainha Santa Isabel, que o Atelier do Corvo concluiu em 2020, em Condeixa, Coimbra; a nova biblioteca e arquivo municipal de Grândola, concluída já em 2021 e assinada por Pedro Matos Gameiro e Pedro Domingos, e o novo percurso acessível à Basílica da Estrela, em Lisboa, do estúdio Domitianus Arquitectura são os últimos projectos em Portugal a entrar na lista de nomeados para o prémio de arquitectura Mies van der Rohe.
Em Fevereiro já tinham sido anunciados outros 19 projectos construídos no país entre Outubro de 2018 e Abril de 2011. No total, concorrem 532 trabalhos em 41 países e 73 cidades a um dos mais importantes prémios arquitectónicos da Europa.
Pela primeira vez, a Arménia, Moldávia a e Tunísia estão entre os nomeados seleccionados por associações nacionais de arquitectura e especialistas europeus convidados, que avaliaram os projectos “desde as fases de concepção e construção até ao uso final pelas pessoas”. Portugal é o sexto país com mais trabalhos a concorrer ao prémio da Comissão Europeia e da Fundació Mies van der Rohe, entregue de dois em dois anos desde 2001.
A Dodged House, projectada por Leopold Banchini e Daniel Zamarbide para 40 metros quadrados do bairro da Mouraria, é o único projecto apenas assinado por arquitectos estrangeiros na lista de nomeados em Portugal.
Além das 22 construções em solo português estão ainda nomeados três gabinetes de arquitectos portugueses com trabalhos em Gallarate, Itália, e Clichy-sous-Bois, em França. São eles Álvaro Siza e Cor Arquitecto e Manuel Aires Mateus e Vincent Parreira.
A organização do prémio destaca que, este ano, registou-se um “ligeiro aumento” no número de estúdios jovens de arquitectura nomeados. No entanto, 84% estão abertos há mais de dez anos de experiência. Quanto à idade dos arquitectos, 86% dos autores dos projectos têm mais de 40 anos.
Os vencedores serão conhecidos em Abril de 2022, depois da lista de centenas de nomeados ser reduzida a 40 projectos e depois a cinco finalistas, no início do próximo ano. O vencedor recebe 60 mil euros. Há também um prémio de 20 mil euros para o melhor trabalho emergente e distinções para os “jovens talentos” das faculdades de arquitectura.