Edgar Martins foi o primeiro português a vencer um prémio dos Sony World Photography Awards, na categoria de Natureza Morta (Still Life), com um projecto que teve a morte como tema. Silóquios e Solilóquios sobre a Morte, a Vida e outros Interlúdiosfoi um projecto que o artista plástico português, nascido em Évora e residente em Bedford, Inglaterra, desenvolveu nos arquivos do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses de Lisboa e Coimbra, com recursos a materiais relacionados com homicídios e suicídios, quer fossem notícias dos jornais de cada um dos casos ou relatórios de autópsias. Depois de vários anos dedicado ao tema da tecnologia, Edgar encontrou na morte e na sua representação aquilo que designa como “um interlúdio entre a arte a não-arte, entre a realidade e a ficção”, disse ao P3.

O artista português foi ainda o segundo classificado na categoria de fotografia de Arquitectura com a série A Impossibilidade Poética de Conter o Infinito, realizada na Agência Espacial Europeia. Até à data, Edgar Martins foi o único concorrente dos Sony Awards finalista em três diferentes categorias: Natureza Morta, Arquitectura e Descoberta. O mesmo já tinha obtido um segundo lugar, na categoria de Paisagem, com a série de fotos The Accidental Theorist (sobre a costa de Lisboa), numa das anteriores edições. A exposição com as fotografias dos finalistas do concurso, cujos premiados foram conhecidos esta quinta-feira, 19 de Abril, está patente na Somerset House, em Londres, até 6 de Maio. Lê mais aqui.