Arte urbana "reanima" aldeia fantasma mexicana

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Perto da cidade de Chetumal, no México, existe uma aldeia chamada Cacchoben que é conhecida pelo seus assentamentos arqueológicos maias. O jornal nacional mexicano "El Universal" considera, no entanto, a aldeia "quase anónima, em comparação com outros locais de importância arqueológica e turística" do país, motivo por que foi perdendo habitantes ao longo das últimas décadas. Até há um par de anos, Cacchoben era considerada uma aldeia fantasma, mas hoje é o centro das atenções em todo o México, graças à intervenção artística da muralista mexicana Carmen Mondragón. A artista, a convite da Associação "C. M. Cultura A. C.", que actua localmente, pintou as fachadas das 80 moradias que compõem a aldeia com representações das histórias de cada um dos seus habitantes, com figuras de misticismo maia, com os atributos da fauna e flora locais. "É um projecto muito bonito", disse ao El Universal. "A principal intenção de Pueblerismo é recuperar as aldeias originais da região e demonstrar que a arte e a actividade artística podem ser vistos como bens de consumo diário." Após meses de trabalho, e com a colaboração dos poucos habitantes, as fachadas das casas estavam prontas e a vida da aldeia mudou para sempre. A associação considera que as pinturas irão gerar novas formas de convivência, diálogo e aprendizagem. "O que aconteceu à comunidade de Cacchobén é um exemplo claro de que a arte é uma ferramenta de transformação socia: fomos testemunhos de como a pratica artística comunitária modificou as dinâmicas de convivência e também a forma como se habita o lugar."