Exposição
Souto de Moura, o antes e o depois da obra
Promete-se uma viagem entre o antes e o após da obra arquitectónica — e assim é. A exposição "Proporção e Desígnio", que inaugurou este fim-de-semana em Bragança, apresenta os esquissos de alguns edifícios emblemáticos de Souto de Moura e, a servir-lhes de legenda, fotografias das obras. E o que se percebe é que todos eles antes de o serem já o eram, no papel e na mente do Pritzker de 2011. Como escrevem Pedro Bandeira e Joaquim Moreno no texto de apresentação da exposição, que contou com a curadoria de Joauqim Portela e António Queirós, "Eduardo Souto de Moura pensa com o desenho, inventa com o desenho, e a precisão dos esquissos confirma-se nas fotografias das obras feitas". Não é para qualquer um. "O que parece aqui simples e próximo é na realidade um processo longo, feito de muito ofício, cuidado com a proporção e a medida e capacidade de materializar com detalhe a forma imaginada. Estes desenhos são a evidência que a tradição do pensamento da mão, cultivada por Fernando Távora e Álvaro Siza, ainda permanece nesta idade de tecnologias da informação." Para ver até 28 de Maio no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais que, diga-se, foi desenhado pelo arquitecto portuense. Até 4 de Junho também é possível espreitar os diários de Graça Morais.