O santuário para cangurus órfãos que conquistou a BBC

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Chris Barnes — ou simplesmente Brolga, como se tornou conhecido — vivia na floresta com uma família de cangurus quando a BBC o conheceu. O canal do Reino Unido queria fazer um documentário sobre o trabalho dele e, dessa forma, contribuir para a consciencialização em torno destes animais, nomeadamente em relação ao elevado número de cangurus órfãos devido a acidentes rodoviários. Kangaroo Dundee, realizado em parceria com a National Geographic dos EUA, rapidamente se transformou num enorme sucesso em todo o mundo (foi exibido em mais de 90 países). A série está já na terceira temporada, que foi para o ar este ano. A história começou bem antes. Em 2005, o australiano criou em Alice Springs, no norte da Austrália, um centro de resgate de cangurus bebés cujas mães tinham sido atropeladas. Chris Barnes chegava a encontrar os recém-nascidos ainda dentro das bolsas das mães — e sabia que, sem ajuda, eles não conseguiriam sobreviver. Quando nascem, os cangurus têm apenas dois centímetros de comprimento e para se fortalecerem devem permanecer dentro do marsúpio (normalmente chamado de bolsa) da mãe, onde além de serem protegidos bebem leite e encontram o calor necessário para se desenvolverem. Só por volta dos sete meses os cangurus começam a sair da bolsa e a indepedência em relação à mãe acontece apenas pelos 12 meses. À medida que Chris Barnes se foi tornando conhecido — e angariando doações um pouco de todo o mundo — conseguiu montar o seu Santuário de Cangurus, onde depois de resgatar e reabilitar os mamíferos os devolve à natureza. Os que ficam impossibilitados de sobreviver sem ajuda, ficam alojados no santuário. Para a fase de recuperação, Barnes — que chegou a trabalhar como guia turístico e foi também cuidador de pássaros — criou em 2015 (e mais uma vez graças a donativos) um hospital de cangurus. No Facebook, é possível ir acompanhando as aventuras dos animais e de Brolga. O santuário está também aberto a visitas.