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Artista sírio usa Pokémon Go para mostrar um país destruído
Khaled Akil nunca apanhou Pokémons no jogo de realidade aumentada que se transformou numa "febre" mundial. Mas caçou alguns para mostrar a realidade esquecida do país dele. Numa série intitulada "Pokémon Go na Síria" — da qual foi divulgada a primeira parte e que deverá continuar —, o artista usa imagens de fotógrafos da Agence France-Presse (AFP) como base e acrescenta-lhes imagens dos personagens da Nintendo. "As notícias da Síria estão em todo lugar, e agora o jogo Pokémon Go é uma tendência", disse ao site The Next Web. "A combinação entre os dois fez-me imaginar como seria uma caça ao Pokémon entre os escombros na Síria, e como um jogo virtual atrai mais atenção do que as atrocidades cometidas diariamente na vida real no país", sublinhou Khaled Akil. O projecto não pretende causar um sentimento de culpa nas pessoas que não prestam atenção ao que se passa na Síria, "é apenas uma chamada de atenção para o que está a acontecer lá". Há dias, uma campanha do Exército Livre da Síria, que combate o Presidente Bashar al-Asaad, também aproveitou a onda do Pokémon Go para recordar a situação das crianças sírias. “Há muitos Pokémons na Síria, vem salvar-me”, lia-se num dos cartazes feitos para a campanha.